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porto velho, quinta-feira 27 de novembro de 2025

BRASIL: O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse à coluna que não irá ao evento organizado pelo governo para a sanção do projeto que isenta quem ganha até R$ 5 mil de pagar Imposto de Renda.
Com cara de campanha eleitoral, o Planalto preparou uma solenidade para anunciar a medida com potencial de alavancar a candidatura de Lula a um quarto mandato.
O problema é que o clima pesou, e o evento será marcado pela ausência de Hugo Motta e, provavelmente, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Este último ainda mantém o compromisso na agenda.
As consequências já estão dadas. A ausência de Hugo Motta é o mesmo que colocar no papel o rompimento, de vez, do diálogo entre governo e Câmara.
Atacado pelo gabinete do ódio do PT nas redes sociais e por ministros de Lula nas últimas semanas, Motta rompeu com o líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), e sua ausência fala mais do que mil palavras.
Se for, Alcolumbre vai estragar a foto que os marqueteiros tanto querem usar na campanha. Um (o senador) não quer ver a cara do outro (Lula), e reuni-los no mesmo palanque é torta de climão garantida. O motivo da briga: Lula impôs o nome de Jorge Messias para o Supremo, enquanto que Alcolumbre defendia o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e ficou sabendo que foi preterido pelos jornais.
Se Alcolumbre não for, a ausência ganhará mais protagonismo do que o próprio ato.
E não é só isso, como diz aquela velha propaganda de faca. Lula chamou para o mesmo evento o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o deputado Arthur Lira (PP-AL). Inimigos políticos em Alagoas, os dois relataram, cada um na sua Casa Legislativa, a proposta e não ficaram nada satisfeitos em dividir o protagonismo da medida.