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porto velho, quarta-feira 3 de dezembro de 2025

O legado da COP30 começa a aparecer nos negócios brasileiros. A Amazônia agora quer mostrar que não é só floresta: ali está também um dos maiores polos industriais do planeta que pode ensinar ao mundo como é possível preservar e, ao mesmo tempo, ser uma locomotiva de produção.
O CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), pelas mãos de Régia Moreira Leite, coordenadora da Comissão de ESG da entidade, lançou o “Manifesto da Indústria da Amazônia para a COP30”, documento que reúne compromissos, dados e propostas estruturantes para uma nova rota de desenvolvimento verde no país.
"O Polo Industrial de Manaus está vivendo um despertar. Há um senso real de responsabilidade, quase um chamado para mostrar ao mundo que é possível produzir, gerar emprego e inovar sem destruir a vida ao redor", disse Régia, em entrevista exclusiva a esta coluna.
A indústria do Amazonas é responsável por 52% de todo o VBP (Valor Bruto de Produção) do estado. A ZFM (Zona Franca de Manaus) concentra 35,3% de toda a arrecadação tributária da Região Norte e o polo abriga mais de 600 indústrias de alta tecnologia, com 572.990 trabalhadores.
A seguir, Régia explica por que a Amazônia está longe de ser a periferia do mundo industrial: ela pode ser o eixo da solução climática global.