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porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
BRASIL - Representantes dos governos da cidade e do estado do Rio de Janeiro, ligados ao turismo e à segurança, anunciaram a criação de um comitê para regulamentar atividades turísticas na favela. O grupo formado por 16 pessoas se reuniu nesta quarta-feira (25) na Cidade das Artes, na Zona Oeste da capital.
A medida foi tomada após a morte da turista espanhola Maria Esperanza Ruiz Jimenez, que foi baleada na última segunda-feira (23) na Rocinha após o carro em que estava furar um bloqueio policial.
Como explica o "UOL", o grupo estuda sinalizar veículos utilizados para locomoção de turistas nas favelas e criar um canal informativo sobre segurança para visitantes e empresas, entre outras ações.
"A ideia é criar uma regulamentação para certas áreas da cidade. O carro [usado pela empresa] estava errado. Não tinha identificação, era escuro. Queremos criar normas e regras mais rigorosas. Não somos contrários ao turismo em comunidades, queremos que ele cresça ainda mais, mas precisamos seguir normas", disse o presidente da Riotur, Marcelo Alves.
Segundo a delegada Valéria Aragão, responsável pela Deat (Delegacia Especial de Apoio ao Turista), a ausência de identificação do veículo contribuiu para a morte da espanhola. "O veículo usado era inadequado. Suscitou desconfiança", avaliou a investigadora.
O secretário estadual de Turismo, Nilo Sérgio, informou que já foi solicitado ao Ministério do Turismo a antecipação de uma operação para fiscalizar as agências e os profissionais do setor. "A partir do dia 6 de novembro, o Ministério do Turismo, junto com a secretaria, vai fazer blitze nas agências e órgãos de turismo para autuar e colocar profissionais legalizados e eliminar os que não têm cadastro para exercer a profissão."
De acordo com o site, o país tem cerca de 11 mil guias de turismo. Só a cidade do Rio tem 5.000 agências do ramo.