Um sequenciamento genético realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia identificou que a nova variante do novo coronavírus identificada em pacientes japoneses que estiveram no Amazonas é inédita e pode ser mais infecciosa do que as demais linhagens que já circulavam no Brasil.

O pesquisador da instituição Felipe Naveca disse que a variante, identificada como B.1.1.28, sofreu uma série de mutações na proteína spike, a responsável por se acoplar na células humanas para fazer a invasão. É o mesmo vírus, mas com muitas mutações”, afirmou.

O sequenciamento apontou que há semelhanças com as variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul, mas, segundo o pesquisador, a mutação traz indícios de que se trata de uma variação brasileira.

Essa mutação foi descoberta após quatro viajantes japoneses desembarcaram em Tóquio em 2 de janeiro após uma temporada no Amazonas. Segundo as autoridades sanitárias japonesas, os pacientes desenvolveram sintomas leves e estão cumprindo quarentena.

O Ministério da Saúde foi notificado pelo governo japonês e informou, em nota, que tomou as devidas medidas de precaução, tais como comunicação de alerta para toda a rede Cievs (Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde) do país.