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porto velho, quinta-feira 18 de abril de 2024
A Polícia Civil fluminense iniciou nesta quinta-feira (16) a Operação Ábaco, contra a maior rede de agiotas do estado. A partir do Rio de Janeiro, a quadrilha se espalhou pelo país e abriu 70 escritórios de extorsão em pelo menos mais quatro estados — Ceará, Santa Catarina, Espírito Santo e Minas Gerais.
Até a última atualização desta reportagem, 32 pessoas haviam sido presas. Agentes da 76ª DP (Niterói) e de delegacias especializadas saíram para cumprir, no total, 65 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão.
Segundo as investigações, a quadrilha extorquiu R$ 70 milhões das vítimas nos últimos quatro anos e não parou nem com a pandemia.
Em muitos casos, os criminosos cobravam empréstimos que jamais tinham sido feitos ou continuavam exigindo mais dinheiro mesmo depois que a dívida era supostamente paga. Os juros chegavam a 30% ao mês.
Com informações detalhadas obtidas em sites de consulta, o grupo criminoso, por telefone, ameaçava as vítimas sempre com muita agressividade. Parentes e vizinhos também recebiam ligações com chantagens.
“Grandes escritórios de agiotagem do Rio terceirizaram o serviço, passando a parte da cobrança, da extorsão, para um grupo especializado”, afirmou o delegado Luiz Henrique Marques.
“Esse grupo atuava em todo o RJ e tornava a vida das pessoas que pegaram dinheiro emprestado um verdadeiro terror”, emendou.
O chefe do esquema, de acordo com a polícia, é Guilherme Andrade Aguiar, o Macarrão. Ele já estava preso, mas, mesmo dentro da cadeia, continuava dando ordens aos comparsas.