BRASIL - Dois anos depois da tragédia de Paraisópolis que deixou nove jovens mortos durante um baile funk, as famílias das vítimas fecharam acordo para receber indenizações do governo do estado. Segundo a Defensoria Pública, que intermediou o acordo, foi o reconhecimento de que as mortes ocorreram por uma falha do poder público.

Segundo a Defensoria Pública, as famílias de oito dos nove jovens mortos aceitaram o acordo. Os valores das indenizações não foram divulgados.

O acordo fechado não interfere no processo criminal que apura a conduta dos policiais. Em julho, a justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou doze policiais militares réus. Eles são acusados de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

A tragédia em Paraisópolis foi em em 2019, durante uma ação da Polícia Militar p\ra dispensar um pancadão na comunidade da Zona Sul da capital. Os policiais militares dizem que perseguiam ladrões em uma moto roubada, quando foram parar no meio do Baile da Dezessete e foram atacados pelas pessoas.

Os policiais usaram bombas e balas de borracha para dispensar a multidão. Na confusão, nove jovens morreram pisoteados e dezenas de pessoas ficaram feridas. De acordo com a Polícia Militar, os PMs estão afastados do serviço nas ruas.