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    porto velho, sexta-feira 17 de maio de 2024

Atendimento itinerante de saúde chega em mais duas comunidades ribeirinhas

Em Conceição da Galera e Santa Catarina foram realizadas consultas médicas, vacinação, distribuição de kits de higiene bucal e hipoclorito


SMC

Publicada em: 28/07/2023 10:32:54 - Atualizado

PORTO VELHO-RO: Jéssica Oliveira Cunha, médica de saúde da família, costuma atender diariamente na Unidade de Saúde Hamilton Gondim, na zona leste de Porto Velho. Mas, nos últimos dias, ela trocou o ar condicionado pelo ar puro da floresta.

A médica foi uma das profissionais de saúde que participou do atendimento itinerante promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), nas comunidades de Conceição da Galera e Santa Catarina, vilas localizadas no entorno do Rio Madeira.

Percorrer longas distâncias em busca da população que mais necessita utilizar os serviços de saúde tem sido a maior missão da equipe, que também é composta por enfermeiros e vacinadores.

“É uma tarefa inspiradora e cheia de responsabilidade. Estar próximos das comunidades ribeirinhas nos permite conhecer muito mais suas necessidades, cultura e tradições. Como profissionais de saúde, temos a missão de garantir que todos os cidadãos tenham acesso aos serviços do SUS, independente da localização geográfica”.

CUIDADO

Marilene dos Santos, moradora de Conceição da Galera, procurou a base de atendimento para consultar os filhos Nicolas, Rafael e Larissa. Ela compartilhou que tem a rotina de acompanhar a saúde das crianças.

“A gente sempre aproveita quando vem médico, para fazer uma consulta e ver como estão. Já tomaram vacina, se pesaram, e agora vão ser atendidos. Os médicos costumam vir uma vez por mês aqui, e quando eles vêm a gente tem que aproveitar”.

Jaiane Isaura também levou a filha de 4 meses para um atendimento de rotina. Lorena é a primeira filha, e a mamãe de primeira viagem não descuida da saúde da pequena.

“Eu moro em São Carlos, lá temos médico, mas meu esposo trabalha aqui e eu vim em busca de uma consulta, porque a neném está com alergias pelo corpo”, compartilhou a mãe.

Já Eliane Menezes, da comunidade de Santa Catarina, trouxe os filhos para investigar uma tosse causada pelo tempo seco.

“Como a comunidade é pequena, às vezes só tem médico em Nazaré, e é difícil a gente ir pra lá. Acho muito bom quando tem médico aqui, porque muitas vezes nós estamos precisando. Dessa vez o atendimento chegou na hora certa”.

BALANÇO

Mais de 100 atendimentos foram feitos nas duas comunidades, entre consultas médicas, vacinação, distribuição de kits de higiene bucal e hipoclorito. Marina Martellet, enfermeira da Divisão de Imunização, explica que essa é uma das estratégias adotadas pela equipe em busca de aumentar os índices de vacinação, principalmente da população que não tem condições de ir até os distritos principais.

“Atualmente estamos enfrentando as baixas coberturas vacinais, e, para a gente, cada dose de vacina importa, independente de qual seja o imunizante, independente de qual seja o público. Por mais que a comunidade esteja distante, nesses dias de atendimento itinerante a gente procura levar a vacina para esses locais. Nossas equipes abrem mão do atendimento nas salas de vacina e partimos para as comunidades”, destacou a enfermeira.



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