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    porto velho, segunda-feira 23 de setembro de 2024

Em celebração do Dia Mundial da Malária nas Américas, Prefeitura promove ação de combate à doença

Evento reuniu moradores do Bairro Novo, local onde há maiores índices de casos


SMC

Publicada em: 13/11/2023 11:31:38 - Atualizado

PORTO VELHO-RO: Como forma de combate à malária, a Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), realizou uma atividade para moradores do Bairro Novo. O evento contou com diversas ações voltadas à conscientização, orientação e prevenção à doença.

O que é a malária?
A Malária é uma doença infecciosa febril aguda. Ela é transmitida ao ser humano pelo sangue, geralmente através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como, por exemplo, o compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou até mesmo da mãe para feto, na gravidez.

Serviços
Em Porto Velho, ações de combate à doença, como diagnóstico de malária, controle vetorial, borrifação intradomiciliar e termonebulização, são realizadas durante todo o ano.

Segundo o microscopista revisor da Semusa, Roberto Costa, em casos de suspeita da doença, em que o paciente apresente sintomas como: dores no corpo, febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dores de cabeça, a recomendação é que essa pessoa procure atendimento médico imediatamente.

“A gente indica que o paciente procure a Unidade de Saúde do município mais próxima de sua residência para já fazer o diagnóstico. Em caso de resultado positivo, esse indivíduo já vai fazer o tratamento, que é oferecido gratuitamente pela Prefeitura de Porto Velho”, destacou Roberto.

De acordo com a subgerente do Núcleo de Controle de Endemias, Malária e Dengue do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), da Semusa, Jussara Alves, após tomar conhecimento desse caso, a pasta já começa os trabalhos de controle e combate à doença.

“Depois que a gente identifica o caso, rapidamente a Semusa realiza um planejamento de controle vetorial, com borrifação intradomiciliar e, quando necessário, a termonebulização (fumacê). Em casos onde identificamos um surto, nós realizamos, por exemplo, a busca ativa. Nesse caso os nossos agentes vão de casa em casa coletar lâminas de malária.”, explicou Jussara.

Ação no Bairro Novo
Ainda segundo a subgerente, o número de casos positivos no Bairro Novo tem crescido, mas devido a ser uma região endêmica. Neste ano, já são 99 registros da doença na localidade, segundo dados do DVS, número que corresponde a uma elevação de aproximadamente 73% com relação ao mesmo período do ano passado, quando 57 casos foram confirmados. Pensando nisso, a atividade realizada na região teve como objetivo alertar os moradores.

“Aqui nós realizamos palestras com relação ao diagnóstico e tratamento da doença, falamos também sobre o controle vetorial e entomologia. É importante frisar que Porto Velho é uma região endêmica para a malária”, destacou Jussara.

No evento foram realizados testes rápidos para detectar a doença; apresentação de equipamentos de controle; amostra do mosquito através do microscópio; palestras educativas com apresentação de medidas de prevenção e tratamento; e também distribuição de panfletos com orientações.

Regiane Kelly é moradora da região. Para ela, manter as práticas de prevenção é importante e esse trabalho de conscientização também reforça os cuidados que todos precisam ter.

“Essas orientações vindo in loco são legais, pois através delas, a gente aprende a se cuidar cada vez mais. Eu já mantinha esse cuidado e agora vou reforçá-lo com toda certeza”, relata a moradora.

A malária pode ser evitada com uso de mosquiteiros; roupas que protejam pernas e braços; telas em portas e janelas; uso de repelentes.

Números na normalidade
Apesar do índice elevado no Bairro Novo, a Prefeitura de Porto Velho destaca que os casos registrados em toda a cidade, nas zonas urbana e rural, até o momento, seguem uma linha de normalidade.

De acordo com o DVS, em 2021, foram confirmados 7.274 casos de malária. Já no ano passado, o número caiu para 6.276. Neste ano, os registros, até o momento, são 5.311.

“Isso mostra que as ações que estão sendo desenvolvidas pela Semusa, estão tendo uma resposta positiva. Esses dados indicam que a gente foi eficiente nas nossas ações e nós estamos fazendo ainda mais”, concluiu Roberto Costa.



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