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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: O acesso à água potável é um direito humano primordial à vida e um compromisso da Prefeitura de Porto Velho com a população das zonas urbana e rural. Neste sentido, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) executa o Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiágua), que monitora e fiscaliza a qualidade da água, com foco na redução dos riscos de doenças de veiculação hídrica, inclusive nas comunidades rurais, através da Salta-Z.
Criado pelo Ministério da Saúde, o Vigiágua busca identificar situações de risco à saúde, através dos padrões de potabilidade para consumo humano, e garantir que a população tenha acesso à água limpa e de qualidade. Em Porto Velho, essas ações são desenvolvidas pelos profissionais da Divisão de Vigilância, Licenciamento e Risco Sanitário (Dvisa) do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa.
O trabalho é realizado em diferentes frentes: Sistema de Abastecimento de Água (SAA), Solução Alternativa Coletiva (SAC), Solução Alternativa Individual (SAI) e Carros Pipas. A ação é realizada em parceria com o Laboratório Central de Rondônia (Lacen), que analisa todas as amostras de água coletadas. De 2017 até março de 2024, a equipe da vigilância realizou a coleta de aproximadamente 11.100 amostras para análise de controle da qualidade da água.
O responsável pelo programa Vigiágua no município, Horton Hellmann, explica que o objetivo dessas atividades é avaliar a qualidade da água consumida pela população, monitorar os padrões de potabilidade, identificar fatores de riscos à saúde e examinar a integridade dos sistemas e soluções alternativas de abastecimento.
“O monitoramento da água, verificação do cloro, turbidez da água e coleta de amostra para análise de irregularidade de doenças hídricas é realizada nos condomínios e residenciais populares, escolas, hospitais e unidades de saúde da rede municipal e estadual nas zonas urbanas e rurais, além dos distritos da capital. A função desse trabalho é garantir água dentro dos padrões para consumo humano e evitar uma população vulnerável às doenças transmitidas por água contaminada”, explica Horton.
SALT-Z
A Solução Alternativa de Tratamento de Água com Zeólita (Salta-Z) é mais um dos investimentos da atual gestão para fornecer água potável e melhorar a qualidade de vida dos porto-velhenses, principalmente aqueles de comunidades rurais, onde o abastecimento regular ainda não é uma realidade.
A Salta-Z é uma tecnologia desenvolvida para suprir a deficiência de acesso à água potável. Em Porto Velho, a Prefeitura vem trabalhando na instalação de Salta-Z desde 2020. Até o momento, as comunidades que já receberam o sistema foram: Agrovila de Calderita, Agrovila Rio Verde, Comunidade Brasileira, Vila Nova Aliança e Vila da Penha.
Segundo o técnico responsável pela manutenção da Salta-Z, Walmir Ferreira, o sistema já beneficiou mais de 450 famílias. “A água potável fica disponível para uso de toda a população das comunidades e, também, localidades próximas”.
O técnico explica ainda como a vigilância sanitária da Semusa realiza o trabalho rotineiro. “A equipe, semanalmente, vai até as instalações, realiza a limpeza das caixas d'água e do sistema de filtragem, reabastece o cloro, e ainda faz a coleta para analisar como está a composição da água. Tudo para garantir a qualidade da água e verificar se ela está apropriada para o consumo”, esclarece.
Gean Carlos Santos, de 31 anos, é morador da Vila da Penha desde a época em que a comunidade sofria com a falta de água apropriada para o consumo. Hoje, com a Salta-Z instalada na região, ele celebra a oportunidade de ter água de qualidade para seu consumo diário.
“Aqui na comunidade não tínhamos sistema de água tratada. Quem tinha condições, comprava garrafão de água, quem não tinha, bebia a água do jeito que tava mesmo. A Salta-Z trouxe diversos benefícios, evitando doenças causadas pela água. A sensação é de segurança em ter água de qualidade, nem todos podem comprar. O sistema proporciona economia, qualidade de vida e água potável. Água é vida!”, declarou o morador.
O sistema é fruto de uma parceria entre a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e a Prefeitura de Porto Velho, através da Semusa.
O médico da Semusa, Karley Rodrigues, explica que a água potável evita desde doenças comuns, como é o caso dos vermes parasitas e infecções gastrointestinais, até as mais complexas como a cólera e a salmonelose, doenças intestinais aguda.
“A ausência de água tratada traz diversos riscos para a população. Verminoses, Amebíase, Giardíase, Hepatite A, Cólera e Salmonelose são alguns dos agravos provenientes do consumo de água contaminada, doenças que podem levar até mesmo à morte. Água de qualidade é uma necessidade de todos os seres vivos. Uma população que consome água potável consegue viver com saúde, com a pele hidratada e com um intestino funcionando corretamente”, frisa o médico.
Secretária-adjunta da Semusa, Marilene Penati destaca a importância dos programas que atuam na promoção da saúde. “A gestão tem envidado todos os esforços em garantir a aplicabilidade desses programas, pois entendemos que o papel principal da secretaria de saúde é trabalhar, de fato, na prevenção das doenças com a execução de ações e projetos que promovam a saúde da população. Esses programas interferem diretamente na qualidade de vida da população”, afirma a secretária.