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porto velho, sexta-feira 24 de janeiro de 2025
O DESCASO DAS AÉREAS EM RONDÔNIA - UM PROBLEMA QUE PRECISAR DE SOLUÇÃO URGENTE
*Arimar Souza de Sá*
No último ano, o estado de Rondônia parece preso em uma turbulência interminável, com as companhias aéreas Gol, Azul e Latam pilotando uma rota de descaso, de falta de respeito com nossos destemidos pioneiros. O caso é sério!
Em vez de aterrissar na eficiência e no respeito ao consumidor desta terra, essas empresas mantêm seus aviões sobrevoando o caos e tratam a situação com deboche, enquanto os passageiros rondonienses se seguram em assentos de promessas vazias e má qualidade e ainda tendo que conviver com o incentivo à impunidade que a inércia das autoridades oferece. Esse reflexo é ainda mais evidente, com consumidores relatando uma série de problemas que dificultam suas viagens e geram prejuízos.
A Azul, que já foi vista como estrela brilhante no céu da aviação, parece ter perdido altitude e vem caindo. Em rankings internacionais, seu desempenho despenca como um avião com motor falhando e sem solução aparente.
Em Rondônia, os motores da indignação já rugem em processos judiciais que só aumentam nos fóruns do Estado. O problema? Indenizações simbólicas que mal passam de um vento brando em um furacão de reclamações e dor, enquanto alguns se beneficiam da dor alheia faturando fábulas para defender esses carrascos da paciência da gente.
As autoridades, por sua vez, parecem meros controladores de voo em estágio, incapazes de dar um tranco na questão e colocar esses dirigentes no lugar que eles merecem.
Por seu turno, o Ministério Público, as Defensorias Públicas e os poderes executivos estaduais e municipais, permanecem em uma torre de controle inerte, vendo as pistas de Rondônia ficarem vazias e se deteriorarem, enquanto o tráfego aéreo aumenta com o fluxo de final de ano, impedindo aos guerreiros rondonienses, viajarem para dar férias ao cansaço do corpo de quem lutou o ano inteirinho.
Para a população que viaja, o cenário é uma tempestade que insiste em não se dissipar. Direitos básicos como pontualidade, informação clara e atendimento digno, são tratados como bagagem extraviada, perdidos no labirinto de descaso que as aéreas impõe ao povo desta terra.
Quem paga o preço? O cidadão, que vê no horizonte um futuro engessado pelo atraso econômico que essa situação perpetua nas terras de Rondon, com sua população convivendo com preço brutal das tarifas e redução de voos.
É hora de Rondônia decolar, mas para isso, precisamos de comandantes dispostos a enfrentar a turbulência de frente e dissipar esse mal tempo. As autoridades devem se unir, como uma esquadrilha de caças pronta para proteger o espaço aéreo do estado, sem a conivência de agora, imoral e desgastante. O silêncio que hoje predomina só dá asas ao descaso e perpetua a desordem em benefício dessas empresas.
Se as companhias aéreas não ajustarem suas rotas por bem, o clamor da população deve ser o vento forte que empurra as soluções para a pista de aterrissagem da justiça e do respeito e eles vão ter se adequar por esse mal, do qual, sequer, sofrem uma pequena sansão.
Os consumidores rondonienses merecem mais que promessas e justificativas vazias. Rondônia precisa levantar voo, mas só conseguirá se as companhias aéreas forem forçadas a ajustar suas rotas para o respeito e a qualidade, por bem ou por mal, com a força do braço da lei.
A paciência dos passageiros de Rondônia já ultrapassou o tempo limite de espera, e o estado precisa exigir que seus direitos sejam finalmente atendidos, para que possamos decolar sem estresse e, no caminho, atingirmos o voo de cruzeiro que tanto se espera nessa questão.
Que não seja nunca como eles querem!
AMÉM!
*Arimar Souza de Sá - O autor é jornalista e advogado - OAB/RO - 1515