PORTO VELHO (RO) - Após um mês inteiro de conflito, tensão e incertezas, o clima nos corredores do Poder Executivo parece ter sido refreado e a permanência de Júnior Gonçalves (UNIÃO) à frente da Casa Civil segue seu curso natural.

Logo no início de 2025, Júnior Gonçalves sofreu artilharia pesada de opositores palacianos que não desejavam que ele seguisse na Casa Civil nesse período que antecede o pleito 2026, uma vez que esse grupo de aliados do governador Marcos Rocha não tem intenção ou qualquer interesse de apresentar Sérgio Gonçalves (UNIÃO) como candidato do UNIÃO ao governo estadual.

Porém, sempre mostrando uma ótima memória para com aqueles que o ladeiam, Rocha, até o momento, não cedeu às pressões para exonerar Júnior Gonçalves, nome ao qual o governador deve reconhecer uma boa parcela de mérito em sua difícil reeleição contra o senador Marcos Rogério (PL) em 2022.

A saída de Júnior da Casa Civil depois de quase uma década, com o seu irmão prestes a assumir o Governo do Estado, poderia não ser encarada como uma movimentação natural e geraria um nocivo conflito interno às vésperas de Marcos Rocha buscar seu primeiro mandato de oito anos no Senado.

Dessa maneira, o mês de fevereiro começou tranquilo pelas bandas do CPA, após a tempestade que assolou a Casa Civil.

Gonçalves, pela sua própria inteligência, articulação e desenvoltura na seara política, continua sendo o grande cérebro do governo.