PORTO VELHO, RO - A cada novo período chuvoso, o drama se repete para quem mora no tradicional bairro Cai N’Água, localizado na região central da cidade. Desta vez, a situação ultrapassou os limites do suportável. Em meio à enchente que tomou conta das ruas, moradores convivem com o acúmulo de lixo, esgoto a céu aberto, ratos, mosquitos e a total ausência do poder público.

Conhecido por sua importância histórica e por ter sido um dos primeiros bairros formados na cidade, o Cai N’Água parece ter sido esquecido pelas últimas gestões. O que era para ser uma área valorizada pelo seu valor cultural, tornou-se símbolo de descaso e abandono.

"Vivemos em um cenário de imundície. A água da enchente invade as casas, mistura-se com o lixo que não é recolhido e ainda temos que enfrentar o risco de doenças. Estamos no centro da cidade, mas somos tratados como invisíveis", relata uma moradora, que preferiu não se identificar.

O sentimento de revolta cresce junto com o nível da água. Moradores cobram ações efetivas e imediatas, não apenas para conter os danos causados pela cheia, mas para garantir dignidade a quem vive no bairro há décadas. O apelo é por socorro, respeito e, acima de tudo, por um olhar humano das autoridades.