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porto velho, segunda-feira 12 de maio de 2025
Som ecológico-beradeiro de Porto Velho (RO) ecoa no Pantanal de Bonito (MS)
(José Pedro Frazão)
Ouviram do Formoso as águas cristalinas de uma banda heroica um brado contagiante. E o som da liberdade ribeirinha do Madeira ecoou no Pantanal num grande instante.
Assim confabulei o meu reencontro com a famosa Banda Musical Quilomboclada, de Porto Velho (RO), por ocasião do “III Festival da Cerveja de Bonito-MS”, evento turístico realizado nos dias 1, 2 e 3 de maio de 2025, na Praça da Liberdade da urbe mais ecológica de Mato Grosso do Sul.
Conheci o Quilomboclada há mais de dez anos, em evento na capital rondoniense e fiquei impressionado com a sua performance musical de potentes guitarras, backbeat cabocla e letras engajadas na vida da floresta, em defesa da fauna, flora e seus povos, sobretudo, ribeirinhos, indígenas e quilombolas.
E neste reencontro multicultural, entendi porque o município de Bonito elegeu essa banda entre as suas maiores atrações: para promover um diálogo ecológico melodioso entre os biomas Pantanal e Amazônia, que deixou sua boa marca registrada.
A Banda Quilomboclada alegra com os seus tambores, bateria, chocalhos, danças, vozes e guitarras e faz o público refletir com suas mensagens a favor da arte e da vida. E em Bonito, empolgou a plateia com suas ricas composições musicais multiétnicas de reivindicação de consciência pela preservação da natureza.
Parabéns, Bonito. Parabéns Banda Quilomboclada. Volte sempre. O Pantanal está de asas abertas para esse fantástico “MPBéra”, que fala a linguagem beradeira e pantaneira.
Foto: Silvia Almeida, José Luiz da Silva Neto, Pedro Jacob da Cunha Rocha (Tarauacá), Frazão (escritor convidado), Lauriano, Elias Fernando Ribeiro (Mestre Xoroquinho), Ironilde (convidada), Kenny Samuel Pessoa e Akilas. O grupo exibe o livro “A Saga desbravadora de Afonso Martins Paim”, presenteado pelo autor José Pedro Frazão.