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porto velho, domingo 15 de junho de 2025
Rondônia vive, neste momento, um clima de instabilidade que preocupa não apenas os agentes públicos e os meios políticos, mas, principalmente, a sociedade que acompanha, com apreensão, os desdobramentos de uma crise que se agrava dia após dia.
Ainda que a alternância de nomes e funções seja algo natural em qualquer governo, os efeitos colaterais de disputas internas e conflitos entre grupos que integram ou integraram a administração estadual não podem ultrapassar os limites da institucionalidade. A condução de interesses políticos, quando descolada das necessidades da população, representa um risco ao funcionamento adequado das estruturas de poder e, pior, à continuidade de políticas públicas essenciais.
É importante lembrar que toda crise política, por mais localizada que seja, carrega consigo um alto custo. E esse custo, invariavelmente, acaba recaindo sobre quem menos tem voz nas decisões: o povo. Rondônia não pode, mais uma vez, assistir a embates nos bastidores se sobreporem ao que realmente importa — a boa gestão dos recursos, a eficiência da máquina pública e o planejamento de um futuro sustentável para todos.
Quando disputas internas ganham espaço maior do que os problemas reais do estado, a agenda do desenvolvimento é adiada. A saúde, a segurança, a educação e a infraestrutura não podem ser paralisadas ou relegadas a segundo plano por causa de tensões políticas que, se não forem controladas, podem comprometer conquistas já alcançadas e atrasar ainda mais o progresso regional.
Não cabe aqui julgar atos, intenções ou estratégias. O nosso papel com veículo de imprensa há 24 anos, não é tomar lados, mas, sim, lembrar que a função maior do serviço público é servir. É garantir que decisões sejam tomadas com base na razão, na responsabilidade e no compromisso com a população.
Rondônia precisa de pacificação, de maturidade institucional e de liderança consciente dos impactos de cada gesto e de cada palavra. A crise precisa ser contida com urgência. O momento exige menos confrontos e mais diálogo. Exige que o foco seja recolocado no que verdadeiramente importa: o bem-estar dos rondonienses.
A história já mostrou, repetidas vezes, que quando a política perde o rumo, quem paga a conta é o cidadão comum — aquele que acorda cedo, trabalha, paga seus impostos e espera apenas que seus representantes estejam à altura das funções que ocupam.
É hora de responsabilidade. O estado não pode ser refém de disputas pessoais ou de projetos de poder. Rondônia merece mais. Quem triunfem, então, a paz e a governabilidade!