PORTO VELHO - RO - A economia em Rondônia, bem, obrigado. Só nos  primeiros seis meses de 2025 Rondônia apresenta um desempenho notável nas exportações. Somente entre janeiro e maio, o estado já movimentou mais de US$ 670 milhões em vendas externas, superando com folga o valor registrado no mesmo período do ano passado (US$ 608,4 milhões). Por trás desses números está o crescimento expressivo da piscicultura, setor que tem ganhado destaque tanto dentro quanto fora do país.

O carro-chefe dessa transformação atende pelo nome de tambaqui, peixe símbolo da produção rondoniense que conquistou espaço nas prateleiras internacionais. A projeção global do pescado ganhou força após a participação de Rondônia na Expoalimentaria, feira internacional realizada no Peru em 2023. Foi ali que o mundo começou a reconhecer a qualidade do pescado produzido no estado.

Hoje, o setor reúne quase sete mil piscicultores atuando em 19 mil propriedades rurais, espalhadas por mais de 18 mil hectares de lâmina d’água. A produção anual já ultrapassa 56.900 toneladas, consolidando Rondônia como referência nacional no cultivo de peixes nativos.

Municípios como Ariquemes, Cacaulândia e Primavera de Rondônia aparecem como os principais polos de produção e exportação, puxando uma cadeia produtiva que movimenta a economia, gera empregos e fixa o homem no campo com dignidade.

Mais que números, os resultados refletem uma política de incentivo produtivo, abertura de mercados e valorização do pequeno produtor. Rondônia, antes vista apenas como fronteira agrícola, agora se sustenta também como potência aquícola no cenário internacional. E a tendência é crescer em percentual maior para os próximos seis meses.

Rondônia é o terceiro maior produtor de peixes cultivados no Brasil e o primeiro da região Norte.