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porto velho, sexta-feira 14 de novembro de 2025

PORTO VELHO – RO – A capital de Rondônia enfrenta um cenário delicado: há duas semanas a coleta de lixo na cidade está comprometida, provocando acúmulo de resíduos em diversos bairros e irritação crescente da população — e agora também do prefeito Léo Moraes.
A situação fugiu do controle a ponto de o município abrir um processo administrativo contra a empresa EcoPVH, responsável pelo contrato emergencial de coleta.
A decisão veio após sucessivas tentativas de ajuste operacional que não surtiram efeito. Segundo a Prefeitura, mais de 400 notificações foram registradas pelas equipes de fiscalização desde o início do serviço emergencial, todas relacionadas a falhas nas rotas, atrasos e ausência total de coleta em áreas inteiras da cidade.
Os relatos partiram tanto de moradores quanto de servidores da própria Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), que tem monitorado a execução do contrato.
O secretário Thiago Cantanhede afirma que a gestão já ultrapassou o limite da tolerância. Ele reforça que o prefeito Léo Moraes determinou uma atuação rigorosa e imediata, descartando qualquer justificativa apresentada pela empresa. O processo aberto pode resultar, inicialmente, em multa superior a R$ 750 mil — valor previsto em contrato para descumprimentos graves. Outras penalidades administrativas também estão em avaliação.
Apesar da pressão da prefeitura e da chegada de novas equipes enviadas pela EcoPVH, o reflexo nas ruas ainda é mínimo. Bairros de todas as regiões relatam contêineres lotados, sacos acumulados nas calçadas e lixo espalhado por animais, criando riscos sanitários e incômodo generalizado. O pior é que a tendência é de se agravar com a chegada do período chuvoso. Em alguns pontos, segundo moradores, a coleta não ocorre há cerca de 15 dias.
A administração admite que o quadro não deve ser solucionado de forma imediata, mas sustenta que está adotando todas as medidas legais e técnicas para restaurar o serviço.
Enquanto isso, a crise continua a afetar diretamente o cotidiano de quem vive na capital, transformando o lixo — um problema básico de gestão urbana — em um dos maiores desafios do início da gestão de Léo Moraes.