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    porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024

Porto Velho faz aquisição de equipamento que afere níveis de ruídos de forma mais precisa

Sonômetro auxiliará na fiscalização de estabelecimentos comerciais


Assessoria

Publicada em: 10/03/2022 16:24:31 - Atualizado


PORTO VELHO, RO - Preocupada com a poluição sonora, a Prefeitura de Porto Velho fez a aquisição do mais moderno equipamento usado para aferição dos níveis de ruídos. O investimento foi de R$ 57 mil, comprado com recursos próprios do município.

O aparelho, em questão, é o sonômetro Brüel & Kjær (B&K 2245) e vai atender as demandas no que se refere a fiscalização de estabelecimentos comerciais e industriais, além de imóveis residenciais pela Secretária Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema).

O titular da Sema, Alexandro Miranda Pincer, explica que o serviço estava suspenso pela falta do equipamento no mercado que atendesse a mais nova norma técnica brasileira, editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

“Somos a única cidade no estado a ter esse sonômetro. Além da aquisição e calibração, fizemos a devida qualificação para certificar aos fiscais para o seu uso conforme a ABNT. Agora, iniciamos a fase de testes e, posteriormente, daremos início às operações naqueles ambientes que causam a poluição sonora”, disse Pincer.

O aparelho possui um ruído elétrico controlado e apresenta filtros para a realização de operações em sinais acústicos com maior flexibilidade.

MUDANÇAS E PRECISÃO

A aferição da poluição sonora, que é considerada crime ambiental e está prevista no Código Municipal de Meio Ambiente, é extremamente técnica e complexa.

“Temos as NBR 10151:2019 que sofreu as alterações e, com isso, a forma de aferir o nível de pressão sonora (níveis de decibéis) mudou e só temos esse modelo para utilizar no Brasil. Ficamos quase um ano sem fazer o procedimento pela ausência do sonômetro adequado no mercado”, lembra o fiscal ambiental da Sema, Willian Nascimento.

A fiscalização, segundo o fiscal ambiental, se dá em função do zoneamento da cidade, ou seja, sendo uma área estritamente residencial, mista ou somente comercial, além do período, se é durante o dia ou noite. “Os níveis de pressão podem variar de 45 a 50 decibéis em período noturno, predominante urbana. Mas, não é somente isso que deve ser levado em conta, por exemplo”, acrescenta Nascimento.

O aparelho faz uma medição relacionada a acústica num todo. A formação promovida, ainda no ano passado, em parceria com a ABNT, proporciona ao time um conhecimento atualizado dos procedimentos e definições técnicas acerca da avaliação de sons nos ambientes, possibilitando maior objetividade na aplicação da legislação pertinente.

“O curso vai auxiliar ainda na avaliação, ou seja, levaremos em conta a quantificação registrada na hora de dar uma responsabilização à pessoa ou empreendimento que está passando dos limites permitidos. É levado em consideração se o som avaliado está em ambiente fechado ou aberto”, colabora Daniele Silva, também fiscal ambiental.

FISCALIZAÇÃO VIA DENÚNCIAS

Parte das denúncias é formulada pelo Ministério Público do Estado (MP-RO) e outra pela população. O Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque) e Polícia Civil (PC) prestam importante apoio aos trabalhos de fiscalização.

SOBRE O APARELHO

De acordo com dados da fabricante, o Sonômetro B&K 2245 foi projetado para atender as necessidades de fiscalização. Robusto e resistente, o equipamento pode ser usado em campo cercado por areia, sujeira ou intempéries. O sonômetro pode se conectar ao celular via Wi-Fi e ser operado longe do campo sonoro por meio de uma interface de controle de aplicativo móvel.


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