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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
PORTO VELHO- RO- Os cuidados com a saúde do bebê se iniciam antes mesmo do nascimento, durante o pré-natal. Nessa fase, chamada de primeira infância, que vai desde a concepção e gestação até os seis anos de idade, o zelo é fundamental para o crescimento saudável da criança.
A Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), investe no cuidado infantil por meio do Núcleo de Saúde da Criança, que oferece atenção integral para o crescimento e desenvolvimento dos pequenos e prevenção de doenças na infância e adolescência.
A rede de saúde municipal fornece todo o suporte e cuidados que a criança precisa nessa fase. A puericultura, subespecialidade da pediatria que acompanha o crescimento e desenvolvimento da criança, está disponível em todas as unidades de saúde da zona urbana e rural.
O termo puericultura significa: Puer = criança e cultur/cultura = criação, cuidados dispensados a alguém. Através da puericultura, o Ministério da Saúde recomenda um calendário para as consultas de rotina que iniciam na primeira semana de vida da criança, depois no primeiro, segundo, quarto, sexto, nono e décimo segundo mês obrigatoriamente. A partir dos dois anos de idade, as consultas de rotina podem ser anuais, próximas ao mês de aniversário da criança.
PRIMEIRA CONSULTA
Segundo a subgerente do Núcleo de Saúde da Criança, Rosimari Garcia, a primeira consulta do recém-nascido é o momento para estimular e auxiliar a família nas dificuldades do aleitamento materno. Também para orientar e realizar imunizações, estabelecer ou reforçar a rede de apoio à família, salientar a importância da verificação da Caderneta de Saúde da Criança e para identificar riscos e vulnerabilidades ao nascer.
“A criança deve ser avaliada até o 5° dia pós nascimento. Nessa consulta, os pais e responsáveis pelo recém-nascido, são orientados sobre a importância da realização do teste do pezinho. Esse teste faz parte de um dos exames da Triagem Neonatal, no qual é possível detectar em tempo oportuno até doze patologias genéticas ou hereditárias que podem ser tratadas e evitadas possíveis sequelas”, explica.
A subgerente também orienta que cumprir o calendário de consultas é fundamental para o crescimento saudável da criança, pois a cada etapa é realizado um tipo de avaliação específico para a idade.
“A partir dos seis meses, por exemplo, quando é introduzida uma nova alimentação além do leite materno, a criança precisa iniciar a suplementação de vitamina A, que evita infecções e possível cegueira noturna por deficiência desta vitamina, e também ser suplementada com sulfato ferroso, para prevenir a anemia ferropriva”.
PREVENÇÃO
A rotina de vacinação também está inserida na puericultura e precisa ser rigorosamente cumprida. Nos primeiros anos de vida da criança há uma série de imunizantes que vão garantir o crescimento da criança livre de doenças.
A prevenção é sempre a melhor alternativa nos cuidados com a saúde em qualquer idade. Quando se trata de criança, o acompanhamento deve iniciar logo após a descoberta da gestação com o pré-natal, que vai prevenir doenças e intercorrências para mamães e bebês.
Para Rosimari Garcia, os pais precisam ter conhecimento sobre a importância de levar os filhos às unidades de saúde desde o nascimento até as idades subsequentes, pois essa atitude proporciona o cuidado no acompanhamento do desenvolvimento neuro motor nas diferentes fases do crescimento.
“A realização da antropometria (pesar e medir a criança) assim como acompanhar o perímetro cefálico (circunferência da cabeça) pode parecer ação simples, mas são eficazes na descoberta de doenças no crescimento e desenvolvimento, problemas nutricionais e também anomalias como hidrocefalia e microcefalia, por exemplo. Nossas unidades de saúde possuem profissionais capacitados para realizar a puericultura conforme a necessidade individual de cada criança”.
ONDE PROCURAR
Em todas as unidades de saúde da rede municipal, as crianças podem consultar com médicos, enfermeiros, dentistas, dentistas, fazer exames laboratoriais e serem vacinadas e receberem as vitaminas e minerais para prevenção de carências nutricionais.
As unidades também devem atender crianças que apresentam gripe, feridas, dor abdominal, vômito e diarreia, febre, dor de cabeça, tosse, dor de dente, infecções, doença de pele, violências, dor de ouvido e garganta, falta de apetite, baixo peso, aumento de peso, dificuldade para respirar, entre outros.
Texto: Luciane Gonçalves
Foto: Leandro Morais
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)