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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
PORTO VELHO-RO: Quatro novos médicos especialistas em ginecologia e obstetrícia celebraram a conclusão de residência médica na última sexta-feira (24). Os profissionais Ana Paula Barth, Atinelle Teles M. Lemos, Gabriel Rodrigo Rodrigues Pereira e Yuramis Montiel Espinosa, da nona turma, fazem parte do programa ofertado na Maternidade Municipal Mãe Esperança (MMME), em Porto Velho. A cerimônia de colação aconteceu no auditório do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) e contou com a presença de familiares e preceptores.
O programa foi criado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) em 2012 e já havia formado 25 profissionais. De fundamental importância para o acompanhamento da mulher durante os períodos de gestação e puerperal, o médico obstetra vem ganhando cada vez mais relevância na rede de saúde pública.
“Os profissionais formados pela Maternidade Municipal Mãe Esperança têm uma aptidão para trabalhar muito o parto humanizado. Então, nossa maternidade por ser referência de gestação de risco habitual, e por ser uma maternidade amiga da criança, nossos profissionais saem com esse diferencial a mais voltado para o parto vaginal com o parto humanizado”, declarou Maria da Conceição Ribeiro Simões, coordenadora da Comissão de Residência Médica da maternidade.
A médica fala ainda sobre a importância da formação para os profissionais do Município. “É importante formar especialistas, porque nossas munícipes vão ficar mais bem assistidas com médicos especializados. Já foi um desafio muito grande para a prefeitura ter um programa de residência médica e hoje nós conseguimos adequar os melhores preceptores, os melhores campos de estágio, o que nós não temos de campo de estágio na maternidade municipal nós conseguimos fazer convênios tanto com o Estado de Rondônia como com outros estados do Brasil, para que nossos residentes se especializem da melhor forma, da melhor maneira possível”, detalhou.
Para Gabriel Rodrigues - que se formou em Porto Velho em 2016, mudou-se para São Paulo e retornou para a capital rondoniense - participar de um programa de residência médica da Prefeitura, formando esse tipo de especialista dentro de uma unidade de referência no atendimento humanizado no município, é uma oportunidade de agregar ainda mais à vivência médica no dia a dia com as pacientes e agora como especialista.
“É a realização de um sonho, não só meu, mas de muitos médicos que não conseguem nem chegar ao sonho de fazer uma residência. São muitas provações, momentos muito difíceis, muitas noites perdidas e tudo vale muito a pena. É uma profissão muito boa pra gente, que nos ensina a ter empatia com o paciente, nos ensina a sermos uma pessoa melhor”, comemorou o formando.
A especialização com duração de três anos prolongou a permanência de Ana Paula Barth em Rondônia. Ela e a família são do Mato Grosso. A médica de 28 anos se formou na graduação em Porto Velho, onde continuou para cursar a residência. A família fez questão de prestigiar a formatura de mais uma etapa.
“Estou muito feliz, porque Porto Velho foi uma cidade que a acolheu, onde ela ficou por nove anos. Ela está levando uma bagagem enorme daqui, então eu sou muito grata a essa cidade, pela Maternidade que a acolheu esse tempo todo, onde ela conseguiu se especializar, e também aos profissionais que na verdade até foram além de mestres, foram pais dela. Então estou bastante feliz com essa formatura”, disse orgulhosa Rosélia Barth, mãe da especialista.
“É um sentimento de gratidão. Sou muito feliz por conquistar mais essa etapa, terminando mais essa jornada. Com certeza a Maternidade foi minha casa, me acolheu por esses três anos eu já sabia que seria lá e Deus preparou todo o caminho. E hoje eu estou muito feliz por essa conquista”, completou Ana.
O Programa de Residência Médica é ligado e autorizado pelo Ministério da Educação (MEC) e constitui-se numa modalidade de ensino de pós-graduação, sob forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, em regime de tempo integral, regulamentada pela Lei 6.932, de 7 de julho de 1981 e pelas Resoluções da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. Os preceptores da residência são médicos do corpo clínico da maternidade municipal e servidores do município que exercem atividades didáticas, assistenciais, de extensão ou de pesquisa, devidamente registrados na Comissão de Residência Médica da MMME (Coreme).
O acesso ao programa é feito via Processo Seletivo Unificado da Associação Médica do Rio Grande do Sul (PSU-AMRIGS), uma prova nacional que ocorre no mês de novembro. As aulas da nova turma com mais quatro residentes iniciam em 1 de março próximo.