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    porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024

Encontro de debate do livro 'O Conto da Aia' acontecerá no dia 29


Roaovivo

Publicada em: 18/10/2017 11:13:43 - Atualizado

PORTO VELHO,RONDÔNIA- O encontro de debate sobre o livro 'O Conto da Aia', da escritora canadense Margaret Atwood será realizado no dia 29 deste mês, ás 17 horas, na Livraria Exclusiva da Carlos Gomes, em Porto Velho. O evento é aberto ao público e gratuito. O encontro fará parte da primeira leitura do projeto Leia Mulheres, na capital.

História

O Conto da Aia é centrado em Offred. Ela perdeu a filha e o esposo para a República de Gilead e se torna uma das aias; a protagonista serve a um comandante do alto escalão do governo. Não fica claro qual é o nome real da personagem. Ela é apenas chamada de "Offred", que se origina de "of Fred" – em livre tradução para português, "do Fred". Em Gilead, as aias são, literalmente, possessões de seus comandantes.

Elas vestem o corpo todo de vermelho, exceto a cabeça, na qual elas usam uma touca branca com duas grandes abas, que as impedem de ver ao redor e de serem vistas também. As Esposas dos Comandantes são donas de casa inférteis e usam vestidos verdes. As Marthas são responsáveis pela limpeza e pela comida da casa dos Comandantes. As aias são preparadas para o posto pelas Tias – treino que inclui humilhações e tortura.

A história é narrada por Offred e soa como o relato de uma testemunha. Atwood se baseou em notícias para construir o universo e o enredo de O Conto da Aia. Em seu acervo, na Thomas Fisher Rare Book Library, biblioteca da Universidade de Toronto – Atwood se graduou em Inglês na instituição, nos anos 1960 –, encontram-se com o manuscrito do romance os recortes de jornais feitos pela autora. São reportagens sobre o cerceamento às liberdades das mulheres e poluição do meio ambiente.

'O Conto da Aia alerta que, tipicamente, pessoas que buscam poder criam hierarquias que consolidam o poder masculino e patriarcal', analisa a professora. 'Insistem que a perda da liberdade das mulheres é justificável porque proporciona 'liberdade'. A falsa mensagem nisso é que mulheres precisavam de proteção da brutalidade masculina e essa proteção, supostamente, implica no escravizamento pelo estado.'


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