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porto velho, sexta-feira 17 de janeiro de 2025
Em nova sessão de liquidez limitada no Brasil, o dólar fechou a segunda-feira próximo da estabilidade, pouco abaixo dos 6,10 reais, refletindo por um lado o avanço da moeda norte-americana no exterior e por outro a expectativa de que o governo Lula possa adotar novas medidas na área fiscal ao longo de 2025.
O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,08%, aos 6,0980 reais. Em janeiro a moeda acumula baixa de 1,31%. Às 17h03 na B3 o dólar para fevereiro -- atualmente o mais líquido -- caía 0,17%, aos 6,1175 reais.
A divisa dos EUA registrou a cotação mínima da sessão ante o real ainda na primeira hora de negócios, refletindo uma percepção mais positiva sobre a área fiscal após entrevistas recentes de membros do governo.
Na semana passada o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia dito que o governo seguia estudando novas medidas para sanear as contas públicas.
Já o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, sinalizou em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal O Globo que o governo deve adotar novas medidas fiscais neste ano. Segundo ele, novas propostas de corte de despesas e arrecadação devem começar a ser debatidas após a aprovação, pelo Congresso, do Orçamento de 2025.
Neste cenário, o dólar à vista marcou a mínima de 6,0771 reais (-0,43%) às 9h39.
O ímpeto baixista, no entanto, era contrabalançado pelo cenário externo, onde o dólar subia ante as demais divisas fortes em meio à expectativa de que o Federal Reserve promova menos cortes de juros no futuro. Às 11h28 o dólar à vista atingiu a máxima de 6,1326 reais (+0,48%).
Boa parte desta volatilidade no dia era atribuída ao fato de o mercado de câmbio no Brasil seguir operando com volumes mais baixos neste início de ano. No fim da tarde, o dólar para fevereiro indicava a negociação de pouco mais de 172 mil contratos na B3 -- menos que a média registrada no mercado futuro em dias normais, quando o volume ultrapassa 200 mil contratos já no início da tarde.