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    porto velho, domingo 26 de janeiro de 2025

Dólar cai 2,4% na semana, a R$ 5,91, com Trump e IPCA-15; bolsa sobe 0,07%

Agentes financeiros continuam monitorando movimentos do republicano no começo de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos...


Da CNN*

Publicada em: 25/01/2025 11:39:14 - Atualizado

O dólar engatou a terceira sessão seguida de queda nesta sexta-feira (24) e fechou a semana próximo de R$ 5,90, com mercados em todo o mundo acompanhando os primeiros dias de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.

Na pauta local, as atenções se voltam aos dados da prévia da inflação de janeiro, que vieram acima do esperado pelos analistas, apesar de mostrarem desaceleração ante o mês anterior.

A divisa norte-americana ganhou força nas últimas horas da sessão, mas ainda encerrou no campo negativo, com queda de 0,12%, a R$ 5,918 na venda.

O resultado fez a moeda encerrar a semana com perda de 2,42%.

Acompanhando o clima negativo nos mercados globais, o Ibovespa operava sem direção definida. No entanto, no fechamento, o principal índice do mercado doméstico se fixou com uma queda de 0,03%, a 122.446,94 pontos, acumulando na semana uma alta de 0,079%.

Prévia da inflação acima do esperado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou alta de 0,11% em janeiro, com pressão do encarecimento de alimentos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados mais cedo.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,5%.

O resultado mostra desaceleração ante dezembro, quando o índice subiu 0,34%. Em 2024, o IPCA-15 acumulou alta de 4,71%.

Os números vieram acima da expectativa de analistas do mercado. Segundo pesquisa da Reuters, a previsão era queda de 0,03% no mês e alta de 4,36% em 12 meses.

O resultado ocorre em meio às tratativas do governo em debater propostas voltadas à redução dos preços de alimentos.

Nesta sexta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com grupo de ministros para tratar o preço dos alimentos.

Uma das opções é reduzir as alíquotas de importação sobre alimentos que estejam mais caros no mercado interno do que no exterior, informou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A orientação do governo federal tem como objetivo baixar os preços dos alimentos. Segundo Rui Costa, será realizada uma análise dos valores de mercado dos produtos no cenário doméstico e internacional e, se for necessário, o governo reduzirá as alíquotas de importação para que os alimentos sejam vendidos no mercado doméstico com um preço igual ou abaixo do mercado externo.

“Ou seja, os produtos que estejam com o preço interno maior do que o preço externo, nós atuaremos na redução de alíquota para forçar o preço a vir pelo menos para o patamar internacional. Não justifica nós estarmos com um preço acima do patamar internacional”, afirmou Rui Costa.

Nesta quinta (23), Haddad afirmou que o governo federal estuda mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) para tentar baratear os alimentos.

Atenção em Trump

Mercados seguem repercutindo as falas menos agressivas de Trump, sobretudo na pauta econômica.

Na véspera, o republicano discursou em Davos, reforçando a pauta de tarifas de produtos importados pelos EUA, alta dos juros e preço do petróleo.

O presidente ainda criticou a União Europeia ao afirmar que o bloco trata os EUA de maneira injusta.

“A União Europeia tributa de forma prejudicial os produtos americanos, o que dificulta a exportação para o bloco. Ouvi de pessoas que o sistema de tarifação na União Europeia é muito pior do que o da China para os Estados Unidos”, afirmou o presidente dos EUA”.

Nesta sexta, também em Davos, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, pregou maior união entre os países do continente.

“Há um grande chamado para despertar que está realmente chamando os europeus para a ação”.

O painel “The Global Economic Outlook” deveria tratar da economia mundial, mas o foco acabou sendo a Europa. No principal auditório do Centro de Convenções de Davos, os palestrantes pareciam ainda anestesiados pelo discurso de Trump horas antes.

“Eu tenho muito orgulho de ser europeia, e sei que nossa formação é diferente. Nos Estados Unidos, ensinam confiança às crianças. Na Europa, o valor é a humildade”, disse a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), a búlgara Kristalina Georgieva.


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