Fundado em 11/10/2001
porto velho, quinta-feira 30 de janeiro de 2025
Entre os “vilões” da inflação em 2024 estiveram alimentos de consumo popular como a laranja, o café e a carne.
A CNN mostrou que estes estão entre os itens que encabeçam as preocupações do governo em sua bateria de reuniões para encontrar caminhos para controlar a alta dos preços no país.
Além dos três, completam a “lista de compras” do Executivo o açúcar e o óleo de soja.
E segundo André Braz, coordenador dos índices de preço do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), o momento ainda é de alerta, e um dos culpados por esse cenário é o câmbio.
O dólar encerrou o ano passado 27,3% mais caro no Brasil, sendo o real uma das moedas mais desvalorizadas de 2024.
“Ano passado, subiu quase 28%. Neste ano pode subir em torno de 5%. Isso vai depender muito da trajetória do câmbio, porque o que é importado vai vir mais caro: exemplos são trigo e farinha de trigo, que acabam pressionando o pão francês e o macarrão”, pontua Braz.
“[Com o dólar mais caro, o produtor] também fica mais estimulado a exportar, produtos brasileiros entram em promoção. Se exporta muita carne vermelha para a Ásia, por exemplo, pode ficar mais cara. O câmbio vai definir um pouco”, conclui.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, encerrou 2024 em alta de 4,83%, superando o teto de 4,5% da meta perseguida pelo Banco Central (BC).
Acumulando alta de 7,69% no ano, o grupo Alimentação e Bebidas foi o “grande vilão” de 2024, contribuindo com um terço (1,63 ponto percentual) do resultado cheio.