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    porto velho, sexta-feira 7 de fevereiro de 2025

Dólar cai 0,7% na semana, a R$ 5,79, após payroll nos EUA; bolsa recua 1,2%

Mercado repercutiu a divulgação dos dados da criação de vagas de trabalho nos EUA, que desacelerou mais do que o esperado em janeiro...


CNN

Publicada em: 07/02/2025 18:45:51 - Atualizado

O dólar à vista inverteu o sinal e fechou em alta ante o real nesta sexta-feira (7), à medida que os investidores analisam a divulgação do relatório de emprego de janeiro nos Estados Unidos, que pode moldar a trajetória da taxa de juros.

No término da sessão, a divisa norte-americana à vista registrou ganhos de 0,48%, a R$ 5,79268 na venda. No acumulado da semana, a moeda marcou uma queda de 0,73%.

Na quinta-feira (6), o dólar à vista fechou em baixa de 0,49%, a R$ 5,7649, a menor cotação desde 18 de novembro do ano passado.

Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, fechou em baixa de 1,27%, aos 124.619,40 pontos, após oscilar entre altas e baixas pela manhã, acumulando na semana uma queda de 1,2%.

Nesta manhã, todas as atenções dos mercados globais estavam voltadas para a publicação de dados de emprego da maior economia do mundo, uma vez que buscam indícios sobre o espaço que o Federal Reserve ainda possui para reduzir a taxa de juros, após os membros interromperem o afrouxamento monetário em janeiro.

A economia dos EUA abriu 143 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, após 307 mil em dezembro em dado revisado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego nesta sexta-feira.

A moderação nos ganhos de empregos também marcou um ajuste após o desempenho forte de dezembro.

Economistas esperavam que a pesquisa mostrasse criação de 170 mil vagas, com as estimativas variando de 60 a 250 mil. O relatório foi distorcido por revisões anuais, novos pesos populacionais e atualizações dos fatores de ajuste sazonal, o modelo que o governo usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados.

No entanto, a narrativa do mercado de trabalho saudável permaneceu intacta até janeiro, com a taxa de desemprego em 4,0%. Ela não é diretamente comparável à taxa de 4,1% de dezembro devido aos novos controles populacionais, que só se aplicam aos relatórios de janeiro e aos próximos, o que significa uma quebra na série.

A média de ganhos por hora aumentou 0,5%, após ter subido 0,3% em dezembro. Os salários aumentaram 4,1% nos 12 meses até janeiro, de 4,1% em dezembro.

A resiliência do mercado de trabalho é a força por trás da expansão econômica e deu ao banco central dos EUA espaço para pausar os cortes na taxa de juros enquanto as autoridades avaliam o impacto das políticas fiscais, comerciais e de imigração do governo do presidente Donald Trump, consideradas pelos economistas como inflacionárias.

O Fed deixou sua taxa de juros de referência inalterada na faixa de 4,25% a 4,50% no mês passado, após reduzi-la em 100 pontos-base desde setembro, quando iniciou seu ciclo de afrouxamento monetário.

Para além do relatório de emprego, os mercados ainda aguardam novas notícias sobre o atual impasse comercial entre EUA e China, depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, impôs uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses nesta semana, o que gerou retaliação por parte de Pequim.

Trump havia imposto também tarifas de 25% sobre México e Canadá, mas suspendeu a medida por 30 dias na segunda-feira (3) após os líderes dos dois vizinhos prometerem um controle mais rígido de suas fronteiras com os EUA.

Débora Oliveira: Entenda o movimento do dólar em 2025 | LIVE CNN

Na cena doméstica

Investidores analisavam comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que concedeu entrevista à Rádio Cidade, de Pernambuco, mais cedo. Ele afirmou que políticas do governo para levar o dólar a um “patamar mais adequado” terão reflexo em preços nas próximas semanas.

Na véspera, comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram mal recebidos pelo mercado, com o chefe do Executivo afirmando que a inflação está “totalmente controlada”, apesar de números recentes que colocaram o nível da alta dos preços acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central – de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.


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