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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
O dólar fechou forte queda de 1,27%, cotado a R$ 5,2531, nesta segunda-feira (7) , com o real liderando os ganhos no dia entre as principais moedas globais, repercutindo um movimento de ajuste e contínuos fluxos diante do atrativo juro brasileiro.
Essa foi a maior queda percentual em uma semana e o menor patamar de fechamento desde 15 de setembro do ano passado (R$ 5,237).
O mercado operou ainda sob expectativa para a ata do Copom, que na terça-feira (8) deverá oferecer mais detalhes sobre a disposição do Banco Central em seguir elevando a taxa Selic. A alta do IGP-DI de janeiro bem acima do esperado reforçou o caso de uma política monetária restritiva.
Na cena externa, os mercados seguiram guiados pelas expectativas d elevações de juros nos Estados Unidos. Os investidores apostam em mais de quatro altas de juros na maior economia do mundo neste ano, o que elevaria a atratividade do dólar como investimento e ameaçaria tirar de mercados emergentes parte da liquidez.
Com a elevação da Selic para 10,75% ao ano, o Brasil passou a ter a maior taxa mundial de juros reais, isto é, quando se desconta a perda pela inflação, o que por ora tem sido positivo para o real, uma vez que eleva a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico e o fluxo de capital estrangeiro ao país.
Na agenda de indicadores, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou para 2,01% em janeiro, acima das expectativas, pressionado pelos preços de commodities e combustíveis. Já o indicador de tendência de emprego da FGV cai em janeiro pelo 3º mês seguido, para o menor nível desde agosto de 2020.
Os economistas do mercado financeiro elevaram pela quarta semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,38% para 5,44%, segundo boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Para a Selic, foi mantida a projeção de patamar de 11,75% ao ano para o fim de 2022.