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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: O valor médio da bolsa-auxílio paga aos estagiários no Brasil subiu 14,3% em 2021, na comparação com o ano anterior, e alcançou R$ 1.023,69 por mês, de acordo com pesquisa encomendada pelo CIIE (Centro de Integração Empresa-Escola) ao Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria).
Apesar da alta real (acima da inflação) de 3,76% diante do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 10,16% apurado no ano passado, o estudo mostra que a quantidade de estudantes contemplados com auxílio-transporte (de 83% para 78%) e o recesso remunerado (de 44% para 38%).
Maria Auxiliadora, supervisora de planejamento e controle de atendimento do CIEE, avalia o aumento da bolsa-auxílio como a forma encontrada pelas empresa para reter os seus talentos.
"O valor do auxílio-transporte migrou para a bolsa-auxílio, já que muitas empresas optaram pelo home office durante a pandemia", afirma ela.
Também apresentou queda o número de estagiários autorizados a reduzir a jornada de trabalho em dias de provas, de 41% para 34%. Em 2019, o percentual era de 43%. O treinamento interno foi recebido por 27% dos estudantes e outros 14% tem acesso a assistência médica ou odontológica.
A pesquisa revela ainda que a idade média dos estagiários é de 26 anos e o grupo com idade entre 22 e 25 é o maior entre os profissionais (34%). Na sequência, aparecem aqueles com idade entre 19 e 21 anos (30%), 31 anos ou mais (16%) e entre 26 e 30 anos (11%). Os menores de 18 são apenas 8% dos contratados.
De acordo com o levantamento, ao menos 69% dos estagiários ajudam com o sustento da família, redução de um ponto percentual em relação a 2020. Outros 9% dizem ser o único responsável pela renda domiciliar da família.
No campo da remuneração, a maior parcela das bolsas (27%) varia entre R$ 1.100 e 2.200. Há ainda remunerações entre 2.200 e R$ 3.300 (20%), de até R$ 1.000 (16%), entre R$ 3.300 e R$ 5.500 (15%), de R$ 5.500 a R$ 11 mil (8%).
Entre as despesas custeadas pelos estagiários, aparecem o pagamento da mensalidade (42%), as despesas com as contas essenciais da residência (47%) e de alimentação (47%).