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porto velho, sábado 30 de novembro de 2024
O ex-BBB Felipe Prior, de 31 anos, foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto por estupro nesta segunda-feira (10). A condenação é em primeira instância, e Prior pode recorrer da decisão em liberdade.
O processo tramita em segredo de justiça no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). Em nota divulgada à imprensa (leia íntegra abaixo), a defesa da vítima – identificada apenas como Themis – detalhou o caso.
A vítima teria pedido diversas vezes para que Prior parasse. No entanto, os pedidos teriam feito com que o agressor intensificasse a violência, empurrando a vítima contra o banco do carro e puxando-a pelos cabelos.
Prior só teria parado com a agressão após ter causado uma lesão na região genital da vítima, que precisou passar por atendimento hospitalar na ocasião.
Procurada, a defesa de Felipe Antoniazzi Prior informou à CNN que está apurando todas as informações sobre o processo e as decisões e, até todas as diligências acontecerem, não se pronunciarão.
“Nós, advogadas e advogados responsáveis pela defesa da vítima Themis, recebemos com muito alívio a notícia da condenação de Felipe Antoniazzi Prior pela prática do crime de estupro.
A sentença reconheceu a relevância da palavra da vítima, somada ao robusto acervo probatório, e rechaçou as tentativas da defesa do acusado de descredibilizá-la valendo-se de clichês e estigmas machistas e patriarcais.
Nosso objetivo agora é garantir que o agressor receba uma punição justa e seja responsabilizado pelos outros três estupros pelos quais é investigado.
Posso confirmar, sim, a decisão saiu no último sábado. O estupro ocorreu em agosto de 2014, o agressor havia dado uma carona para a vítima, encostou o carro em uma rua escura e passou a praticar atos libidinosos sem o consentimento dela.
Ela pediu várias vezes para ele parar, porém, os pedidos dela fizeram com que ele intensificasse a violência, empurrando-a contra o banco do carro, puxando-a pelos cabelos, e ele só parou quando causou uma lesão na região genital dela, que gerou intenso sangramento.
Ela passou por atendimento hospitalar, e depois desenvolveu crises de pânico que duraram anos.
Em 2020, com o ingresso dele no programa, outros relatos de abusos cometidos por ele vieram à tona, e ela decidiu denunciar e buscou assessoria jurídica.
O início do caso foi conduzido pela dra Juliana Valente e por mim, fizemos um trabalho de intensa investigação, identificamos testemunhas, sistematizamos extensa prova documental e levamos o caso à delegacia da mulher.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público e o caso se desdobrou em outros três processos que apuram crimes de estupro cometidos em 2015, 2016 e 2018.”