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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
O “Fantástico” do último domingo (17) começou com uma reportagem sobre o jogo de apostas “Crash”, conhecido como o “jogo do aviãozinho”, um dos mais populares da plataforma “Blaze”. O aplicativo está sendo investigado pela polícia de São Paulo por estelionato, depois de ser denunciado que os prêmios mais altos não eram pagos.
O jogo é um avião iniciando um voo e o apostador decide a hora de pará-lo, enquanto o valor da premiação vai aumentando. Se a palavra "crashed" surgir, o dinheiro é perdido.
Por ser um jogo de azar, o “Crash” é ilegal no Brasil, mas as investigações são dificultadas pelo fato da empresa não ter uma sede ou representantes legais no país.
Um dos pontos apontados na reportagem, foi a participação de influenciadores na divulgação da plataforma. Entre eles Viih Tube, Jon Vlogs e Rico Melquiades. A influenciadora informou no sábado (16) que tinha conseguido romper o contrato com a “Blaze” depois de descobrir que os seguidores estavam perdendo dinheiro com o jogo.
Antes da reportagem ir ao ar, Jon Vlogs postou nos Stories do Instagram explicando como funciona os cassinos online e se justificando: "Gente, todo mundo sabe o que é um cassino. Vamos ser sinceros? Esse aqui (onde está) só está funcionando porque está ganhando dinheiro. Alguns ganham dinheiro, outros perdem. Uns saíram tristes, outros felizes e por aí vai. Mas deixa eu trocar uma ideia sobre cassino online com vocês. Todo cassino online é igual, a licença é igual, tem uma legislação para isso. E dentro disso, temos as provedoras, que são os jogos que vocês jogam. O que muda são as portas de entradas, os sites em que vocês entram para jogar.”
O influenciador voltou para a rede social após a exibição do “Fantástico” para falar mais. "Na Blaze eu sou um influencer como todos os outros aí. Os caras da Blaze me pagam, eu faço o meu serviço: story, live, post no feed. Eu tenho o meu valor por isso. E também fui um cara esperto que montou uma agência e trouxe um monte de influencer que forraram muito (ganharam dinheiro) e agora dizem que 'não, não sei o quê'. Todos eles ganharam muito dinheiro e estão querendo se afastar. Mas a verdade é que cassinos são todos iguais", argumentou.
Rico Melquiades, que se negou a falar com o programa da Globo, também se pronunciou na madrugada de segunda-feira (18). “Por falta de tempo hábil para tomar conhecimento das informações veiculadas, uma vez que a equipe jornalística apenas entrou em contato na noite de sexta (15), mas o Rico Melquiades só teve conhecimento ontem (16), Rico optou por não responder a equipe do programa dominical. Sua equipe jurídica está em contato com a empresa citada para apurar os fatos”, diz a nota publicada.
Outro influencer que se posicionou foi Carlinhos Maia. "Pra você que tá em casa: se você não tem cabeça, não jogue! Se você não consegue se controlar na cachaça, não beba! O mundo, as pessoas, sempre vão estar influenciando você pra alguma coisa. Se eu disser: 'pule do penhasco’, você vai pular porque eu tô dizendo a você? Não! Vai dizer, 'ah me influenciou'. Eu não jogo. Eu divulgo, mas não jogo”, falou o criador da Casa da Barra.
Juju Salimeni foi mais uma que apareceu nos Stories e criticou a Globo. Em um print, a ex-panicat mostrou que a casa de apostas “Pixbet” adquiriu uma das cotas de patrocínio do Grupo Globo na época da Copa do Mundo do Qatar. “Hipocrisia. Globo vocês são ridículos demais!”, escreveu.
Os advogados representantes da Blaze alegam que a empresa tem sede em Curaçao e que, então, a atividade dela não configura infração penal mesmo que os apostadores sejam brasileiros.