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porto velho, quinta-feira 10 de outubro de 2024
Os médicos que acompanham a cantora Paulinha Abelha, internada em unidade de terapia intensiva há 13 dias com problemas renais, definiram o estado de coma dela com o nível 3 na Escala de Glasglow, que se caracteriza como o mais profundo.
De acordo com o médico cardiologista e intensivista Luiz Flávio Prado, a escala é baseada em exame clínico, sem necessidade de exames complementares.
“Quem está em coma Glasgow 3, tem um coma que não responde a nenhum estímulo. O estágio mais profundo do coma, normalmente implica lesão neurológica muito grave”, explicou.
A escala vai de 3 a 15, sendo que no nível 15 o paciente não tem nenhum grau de redução das funções cerebrais e no nível 3 ele apresenta um estado de coma profundo, e não apresenta qualquer resposta ao exame físico específico.
De acordo com o Ministério da Saúde, há uma escala de pontuações que avalia o nível de consciência dos pacientes:
A escala de Glasgow foi desenvolvida na década de 70 por neurologistas da Universidade de Glasgow para avaliação do nível de coma em pacientes que sofriam traumatismo craniano.
“De tão popular, acabou sendo adaptada para avaliar outros pacientes em coma, mesmo sem traumatismo craniano”, disse o médico Luiz Flávio Prado.
Em 2018, uma atualização veio para refinar a avaliação incluindo a análise das pupilas. "As pupilas são também um reflexo da função cerebral. Em caso de coma profundo, elas param de funcionar e isso é mais um sinal de gravidade", complementou.
Nesta terça-feira (22), a equipe médica que acompanha a cantora Paulinha Abelha, da banda Calcinha Preta, concedeu entrevista coletiva sobre o estado de saúde da artista. Ela chegou ao Hospital Primavera no dia 17 de fevereiro em coma e continua em coma grave, ou seja, em rebaixamento severo sensório. Eles descartaram a possibilidade de uma possível infecção bacteriana no cérebro e evidências de morte encefálica.