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    porto velho, domingo 22 de dezembro de 2024

Primeiro dia de desfiles no RJ lota Marquês de Sapucaí com mais de 70 mil pessoas

Mais de 70 mil pessoas acompanharam a passagem de seis escolas pelo Sambódromo


cnn

Publicada em: 23/04/2022 10:03:11 - Atualizado

Uma multidão tomou conta da Marquês de Sapucaí na sexta-feira (22) para acompanhar o primeiro dia de desfiles do grupo especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro.

Mais de 70 mil pessoas estiveram no Sambódromo, que ficou paralisado por dois anos devido à pandemia da Covid-19. Nas arquibancadas, frisas e camarotes, o público vibrou com a passagem das agremiações.

A primeira escola a desfilar na Passarela do Samba foi a Imperatriz Leopoldinense, que homenageou Arlindo Rodrigues. Ele se lançou como carnavalesco e criador de enredos depois de trabalhar como figurinista.

Na Avenida, a Imperatriz mostrou o estilo rebuscado e barroco de Rodrigues, que morreu em 1987, mas muitas das suas criações ainda estão presentes no Carnaval carioca.

Depois, foi a vez da Estação Primeira de Mangueira levantar o público na Marquês de Sapucaí. A escola honrou na avenida três ícones da verde e rosa: o compositor Cartola, o intérprete Jamelão e o mestre-sala Delegado.

A ideia do enredo surgiu durante a pandemia por conta da saudade da agremiação e do convívio com a comunidade. Para a rainha de bateria, Evelyn Nascimento, foi um desfile baseado na emoção: “Estou emocionada. Nunca imaginei ser rainha e homenagear Cartola, Jamelão e Delegado”.

Um dos destaques da Mangueira foi a comissão de frente, com uma troca rápida de figurino que encantou os presentes na avenida.

Terceira escola a passar pelo Sambódromo, o Salgueiro mostrou diferentes histórias de resistência dentro do Rio de Janeiro e nas cidades vizinhas. O destaque foi a luta do povo preto contra o racismo e pela preservação da história e religiosidade. A atriz e modelo, Viviane Araújo, grávida do primeiro filho, comandou a bateria Furiosa.

A São Clemente homenageou o humorista Paulo Gustavo, que morreu no ano passado após complicações da Covid 19. A passagem pelo Sambódromo foi marcada pela irreverência. A escola mostrou na avenida uma chegada nada convencional do humorista ao céu, com drag queens vestidas de anjos.

Artistas, colegas e familiares de Paulo Gustavo participaram do desfile, incluindo a mãe do artista e o viúvo.


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