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Neto se revolta com ausência de jogadores da seleção brasileira no velório de Pelé

O apresentador falou sobre a ausência de diversos campeões mundiais na despedida do Rei


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Publicada em: 03/01/2023 15:02:32 - Atualizado

O apresentador Neto do grupo Bandeirantes prestou sua última homenagem ao Rei Pelé durante seu funeral que se estendeu até esta manhã de terça-feira (03), na Vila Belmiro, em Santos. O comunicador não poupou jogadores e ex-jogadores e teceu críticas a diversos campeões mundiais de 1994 e 2002 pela ausência na despedida do atleta do século

“Na verdade, ele não é nosso ídolo. Ele é ídolo do mundo. Só que nosso país é um país sem cultura, sem educação. É um país onde os pentacampeões não vieram. Os tetras não vieram. O treinador da seleção [Tite] não veio. O que é mais importante é as pessoas virem. O Pelé é eternizado. O Edson Arantes do Nascimento é um ser humano como todos nós. Ele comete equívocos, ele erra. Mas o Pelé, não”, disse Neto aos jornalistas, ao chegar no estádio.

“Por sinal, esse país não sabe nem quem é o Pelé. Nem o Santos sabe. As pessoas não sabem quem é ele. Então, a gente tinha de homenagear o Pelé quando ele estava vivo. Não quando ele estava no hospital. Pelé é uma das pessoas mais importantes do mundo depois de Jesus Cristo. É o maior ser humano de todos. Está entre [Nelson] Mandela, [Mahatma] Gandhi. Mas o brasileiro não sabe reconhecer isso”, prosseguiu.

“Eu respeito as pessoas, e as pessoas têm que saber quem foi o Pelé. São campeões do mundo e não vieram ver o Pelé? No mínimo, é falta de respeito”, completou. O único dos campeões que compareceu foi Mauro Silva, vencedor em 1994 e também um dos vice-presidentes da Federação Paulista de Futebol, que estava acompanhado de outros dirigentes quando foi à Vila, na última segunda-feira (2).

Romário, também campeão em 1994, e Ronaldo, vencedor em 1994 e 2002, enviaram coroa de flores cada um, mas não compareceram nem avisaram se estarão no velório. Na segunda, Neymar da Silva, pai do craque do Paris Saint-Germain, foi ao velório e, ao entrar na Vila Belmiro, atendeu os jornalistas. Entre as respostas, explicou que o clube francês não liberou o atual camisa 10 da seleção brasileira, que desejava fazer uma última despedida.

A presença de nomes do futebol ficou restrita quase exclusivamente a autoridades e ex-jogadores do Santos, como Serginho Chulapa, Clodoaldo, Léo, Zé Roberto, Elano, entre outros. O ex-corintiano Emerson Sheik foi uma das exceções. O desfile fúnebre de Pelé durou quase quatro horas e só foi encerrado às 13h59 desta terça-feira (3), quando o caminhão dos bombeiros com o corpo do Rei estacionou na porta do cemitério ao som de fogos de artifício.

O Águia, helicóptero da PM, acompanhou todo o périplo. O procedimento da retirada do caixão do caminhão foi feito por membros do Corpo de Bombeiros com auxílio da Infantaria do Exército enquanto os trompetes tocavam o hino do Santos. A família não participou da marcha fúnebre e chegou cedo ao Memorial Necrópole, minutos após o fim do velório. A viúva Márcia Aoki foi a primeira a chegar.


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