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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
Nove meses após falas racistas e homofóbicas sobre Lewis Hamilton proferidas por Nelson Piquet se tornarem conhecidas, o tricampeão da F1 foi condenado na última sexta-feira a pagar R$ 5 milhões destinados a entidades de promoção da igualdade racial e combate à LGBTQIA+fobia. Questionado sobre o processo, o heptacampeão da Mercedes comemorou a decisão da Justiça.
- Logo que isso aconteceu, eu comentei sobre isso e ainda acredito que não devemos dar atenção para essas pessoas cheias de ódio. Mas eu gostaria de reconhecer o que o governo do Brasil fez, é impressionante que tenham responsabilizado alguém e mostrado às pessoas que isso não é tolerado. Racismo e homofobia não são aceitáveis, não há lugar para isso em nossa sociedade. Por isso, amo que tenham mostrado que eles se posicionam - comentou Hamilton, no GP da Austrália.
As falas de Piquet foram retiradas de uma entrevista de 2021, que viralizou na internet apenas em junho passado. Nela, o ex-piloto brasileiro, tricampeão mundial, chama Hamilton duas vezes de "neguinho", ao opinar sobre a batida do heptacampeão com seu genro, o bicampeão Max Verstappen, no GP da Inglaterra de 2021.
- O "neguinho" meteu o carro e deixou. O Senna não fez isso. O Senna não fez isso. Ele foi, assim, "aqui eu arranco ele de qualquer maneira". O "neguinho" deixou o carro. É porque você não conhece a curva; é uma curva muito de alta, não tem jeito de passar dois carros e não tem jeito de passar do lado. Ele fez de sacanagem - disse Piquet na entrevista.
As reações foram quase imediatas. Hamilton debochou do ex-piloto ao compartilhar um tweet que questiona quem é Piquet, mas cobrou por mudança de mentalidade e combate efetivo ao racismo. F1, Federação Internacional do Automobilismo (FIA) e rivais do britânico e da Mercedes se posicionaram.