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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
MUNDO: Acabou a espera! O Manchester City venceu a Inter de Milão na final da Liga dos Campeões da Uefa, por 1 a 0, e conquistou neste sábado (10) o mais importante título do futebol europeu pela primeira vez em sua história.
Mesmo com a saída de De Bruyne, lesionado, o City fez um jogo muito equilibrado, errou menos que os italianos e foi premiado no segundo tempo com um gol de Rodri, para coroar uma temporada perfeita do time comandado por Guardiola.
Após bater na trave em 2021, quando perdeu para o Chelsea na decisão, os citizens contaram com a sorte (ou azar dos italianos), já que Ederson operou três milagres nos minutos finais, Akanji quase entregou um gol no início da segunda etapa e Lukaku "evitou" um gol da própria equipe após ficar na frente da trave em finalização de cabeça de Dimarco.
A inédita conquista europeia dá uma sensação de dever cumprido a um projeto iniciado há 15 anos pelo xeque dos Emirados Arábes Unidos Mansour bin Zayed, que comprou o clube em 2008, mudou o City de patamar e o transformou no time a ser batido no mundo.
Na primeira etapa da partida, o City teve mais posse de bola e explorava o campo adversário, buscando encontrar o grandalhão Erling Haaland, marcado de perto pelos três defensores do time italiano.
Já a Inter apostou nos erros do clube inglês e jogava a partir dos problemas do adversário. Pelo menos três contra-ataques surgiram após passes errados do defensor Nathan Aké.
Apesar disso, a postura mais reativa dos comandados de Inzaghi fez com que a Inter não chegasse a plenos pulmões na área adversária, e, nos primeiros 45 minutos, os italianos não tiveram nenhuma chance clara de gol.
A melhor oportunidade da primeira etapa veio aos 26 minutos, quando o meio-campo do City funcionou e, em rápida movimentação, Rodri encontrou De Bruyne, que passou a Haaland que, desequilibrado, conseguiu finalizar no gol, mas Onana fez boa defesa no contrapé.
A partir desse lance, o City começou a se soltar, subiu as linhas e marcou a saída de bola adversária, forçando erros dos italianos. Apesar de ter mais volume de jogo, os 20 minutos finais do primeiro tempo pareceram uma grande partida de xadrez, com muitas posses de bola, dos dois times, não traduzidas em finalizações de perigo.
Aos 35 minutos de jogo, Kevin de Bruyne sentiu uma lesão muscular e teve de ser substituído precocemente na grande decisão. Abatido, o craque belga deu lugar a Phil Foden.
Em 2021, quando jogou sua primeira final de Liga dos Campeões pelo City, De Bruyne também teve que ser substituído. Na derrota para o Chelsea, ele sofreu uma fratura no rosto e teve de deixar o campo aos 15 minutos do segundo tempo.
45 minutos finais
Com a mudança no City, Bernardo Silva ganhou protagonismo e passou a ser o grande organizador das ações ofensivas do time.
A estratégia dos ingleses, no entanto, quase foi por água abaixo aos 15 minutos de jogo do segundo tempo, quando Akanji não dominou uma bola recuada e o argentino Lautaro Martínez ficou com a posse cara a cara com Ederson, que fechou o ângulo e impediu o gol da Inter.
O gol do título
O mesmo Akanji que falhou na defesa brilhou como construtor e iniciou a jogada do gol do título, com belo passe em profundidade para Bernardo Silva. O português recebeu na linha de fundo, cruzou para trás e, após a bola ter desviado levemente na zaga italiana, encontrou Rodri, que, sozinho, bateu de primeira no canto direito de Onana, para abrir o placar aos 23 minutos do segundo tempo. Explosão inglesa em Istambul!
Cerca de dois minutos depois do gol do City, começou a tentativa de reação da Inter. Após bola alçada na área, Dimarco tentou encobrir Ederson com uma cabeçada, mas a bola bateu no travessão. No rebote, ele próprio cabeceou de novo, mas, para a sorte dos ingleses, a bola bateu em Lukaku, que impediu que ela seguisse na trajetória do gol.
Nos 20 minutos finais, as duas equipes não conseguiram manter os padrões táticos. Os erros de passe e as chances criadas pelos erros dos adversários foram maiores e a Inter, mais presente no ataque, quase conseguiu levar a partida à prorrogação.
Ederson entra para a história e faz milagres
Um bom time começa por um bom goleiro e, no City, essa máxima é uma realidade. O brasileiro Ederson fez cinco defesas na partida, sendo duas nos minutos finais, para garantir o título do clube inglês.
Em cabeçada à queima-roupa de Lukaku, evitou o gol do atacante belga aos 43 minutos. E, para fechar a atuação de gala, fez mais uma grande defesa no último lance da partida, após voar para defender a cabeçada de Gosens.
Com o título, Ederson se torna o 56° brasileiro a sagrar-se campeão da Liga dos Campeões e, de quebra, faz aumentar a idolatria por ele no Manchester City.
Em uma temporada perfeita, em que conquistou o Campeonato Inglês, a FA Cup e a Liga dos Campeões, os três torneios mais relevantes do seu calendário, o City prova que a cidade de Manchester, a Inglaterra e a Europa são azuis.
Manchester City 1 x 0 Inter de Milão
Local: Atatürk Olympic Stadium
Dia e hora: Sábado (10), às 16h (horário de Brasília)
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Assistentes: Pawet Sokolnicki e Tomasz Listkiewicz (ambos da Polônia)
VAR: Tomasz Kwitakowski (Polônia)
Gol: Rodri (23' do 2°T)
Cartões amarelos: Barella (14' do 2°T), Lukaku (38' do 2°T), Amadou Onana (45+2' do 2°T) (Inter); Haaland (45+2' do 2°T), Ederson (45+2' do 2°T) (City)
Manchester City: Ederson; Akanji, Rúben Dias e Aké; Rodri e John Stones (Kyle Walker); Gündogan, Kevin de Bruyne (Phil Foden), Jack Grealish e Bernardo Silva; Haaland. Técnico: Pep Guardiola
Inter de Milão: Onana; Darmian (D'Ambrosio), Acerbi e Bastoni (Gosens); Di Marco, Çalhanoglu (Mkhitaryan), Brozovic, Barella e Dumfries (Bellanova); Dzeko (Lukaku) e Lautaro Martínez. Técnico: Simone Inzaghi