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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
11 de janeiro de 2019. Há exatos cinco anos, o Flamengo anunciava a chegada de um nome que se tornaria um dos maiores da história rubro-negra. Depois de uma ótima temporada no Santos, Gabigol chegava para tentar se tornar ídolo. A missão foi cumprida com louvor, com direito a 11 títulos, incluindo duas Libertadores. Mas 2023 trouxe os primeiros arranhões, um flerte do Corinthians e deixou o futuro do camisa 10 indefinido após 2024.
Os três primeiros anos de Gabigol foram fantásticos individualmente, e isso reverberou no time em 2019 e 2020. Na temporada do "start", foram 59 jogos e 43 gols, dois deles nos minutos finais da decisão da Libertadores de 2019, contra o River Plate. Desempenho que fez o Flamengo desembolsar R$ 78,6 milhões para comprar o atacante em definitivo junto a Inter de Milão, da Itália.
Em 2020, apesar de uma lesão e da pandemia da Covid-19, teve participação espetacular nos últimos jogos da conquista do Campeonato Brasileiro, fazendo seis gols em sete partidas e tendo o cuidado de não levar nenhum amarelo, já que estava atuando pendurado. No ano seguinte, conquistou um estadual, a Supercopa do Brasil e fartou-se de balançar as redes.
Em 2022, em nova função a partir da chegada de Dorival, saiu-se bem jogando fora da área e terminou pela quarta temporada seguida como artilheiro do time, desta vez na companhia de Pedro. Além do gol do tri da Libertadores, a presença de espírito demonstrada para convocar o inferno contra o Atlético-MG e incendiar a torcida nos pênaltis com o Corinthians foi fundamental para o tetra da Copa do Brasil.
Com muitos gols (até agora já marcou 153 em 268 jogos, fazendo jus ao apelido), Gabigol se consolidou como um dos maiores ídolos da história do Flamengo. Mas 2023 trouxe arranhões.
Em um ano onde o Flamengo decepcionou, Gabigol não fugiu à regra. Em campo, o sucesso não se repetiu, e o atacante registrou seus piores números: foram 20 gols em 58 partidas. Foi barrado na primeira partida da final do Carioca, ainda com Vítor Pereira, e terminou a temporada como reserva. Sampaoli o sacou no fim de sua passagem pela Gávea, e Tite não o colocou como titular em nenhum jogo. O que o levou a reclamar publicamente:
- Praticamente todos os jogadores saíram jogando com ele, e eu não, tá ligado? Claro que eu fico p*, quero jogar. Eu não estou suave, falei isso para ele. Óbvio que não estou feliz, quero jogar. Fui para a Inter (de Milão), Benfica, e saí porque não estava jogando. Não é pensamento individualista, todos já foram titulares com ele, eu ainda não fui. Sei que não tenho que ficar aqui falando, é mostrar o meu máximo, quando ele precisar vou estar lá - declarou em entrevista em dezembro ao "Podpah".