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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
Um salário 13 vezes maior do que o atual, cargo para o pós-carreira e liberdade para retornar ao futebol europeu antes mesmo de completar 30 anos. O Fundo Público de Investimentos (PIF) do governo da Arábia Saudita promete não medir esforços para ter Vini Jr. no Al-Ahli a partir da próxima temporada. E os argumentos na mesa são tentadores.
O atacante brasileiro e os responsáveis por sua carreira avaliam cuidadosamente aspectos favoráveis e contrários a uma saída do Real Madrid agora, aos 24 anos. Ao mesmo tempo, ganham tempo enquanto os sauditas não oficializam a oferta que já foi realizada verbalmente.
O clube espanhol faz jogo duro e garante que só libera pelo valor de multa de 1 bilhão de euros (R$ 6 bilhões). Do lado de Vinicius Junior, por sua vez, há um enorme ponto de interrogação sobre o que fazer do futuro. O ge lista detalhes da oferta que fazem com que o jogador reflita sem pressa na reposta.
O motivo principal, obviamente, é financeiro e pessoas próximas tratam a oferta de 1 bilhão de euros por cinco anos de contrato como "capaz de resolver a vida de gerações de familiares do jogador", que tem como meta ampliar também o impacto de seu instituto.
Nenhum contrato na história do esporte chegou a tal valor em sua totalidade. O salário anual de Vini Jr. seria semelhante ao de Cristiano Ronaldo no Al-Nassr, 200 milhões de euros. No entanto, o craque português assinou até 2026. O vínculo esportivo de maior valor no momento é do jogador japonês de baseball Shohei Otani. Seu contrato de 10 anos com o Angeles Dodgers prevê pagamento de 700 milhões de dólares.
De forma didática, a promessa dos árabes é 13 vezes maior do que o salário atual de Vini no Real Madrid. No ano passado, ele renovou o contrato com o clube até junho de 2027 com aumento progressivo ano a ano. A projeção é de 13 milhões de euros no ano de 2024 e 45 milhões de euros (R$ 271 milhões) no somatório das três temporadas restantes até o fim do vínculo com os espanhóis.
Como comparativo, o montante recebido no mesmo período será de 600 milhões de euros (R$ 3,6 bilhões) caso aceite a proposta para defender o Al-Ahli. O contrato previsto com o fundo saudita será até junho de 2029 como jogador, totalizando mais de 1 bilhão de euros (R$ 6 bilhões) entre salários, bônus e premiações. Mas não para por aí.
Em paralelo ao contrato de jogador por cinco anos, o Governo Saudita quer Vini Jr. como embaixador da Copa do Mundo de 2034. O posto não inviabilizaria uma saída dele da liga local a partir de 2029. Ou seja, um acordo para jogar por cinco anos, outro para ser a imagem do Mundial no país por 10 anos.
Desta maneira, ainda com 29 anos, Vinicius teria a liberdade para retornar ao futebol europeu ou seguir outros rumos na carreira, se assim desejar. A brecha é tida como relevante para que o brasileiro não fique refém de ter que atuar no Oriente Médio praticamente até o fim da carreira.
O país asiático projeta ainda participação efetiva do atacante no desenvolvimento do futebol local em longo prazo. A oferta deixa aberta a possibilidade de que Vini atue na função que achar conveniente após a aposentadoria – vale ressaltar que se trata de um jogador de somente 24 anos.