Com a renovação de Filipe Luís ainda indefinida e prazo apertado até o fim do ano, o Flamengo já avalia nomes no mercado para o comando técnico em 2026. A diretoria mantém o discurso de prioridade pela permanência, mas o desgaste da negociação fez o clube avançar internamente em planos alternativos.

Prazo limite e clima de desgaste

Segundo informações publicadas pelo ge, tanto o Flamengo quanto Filipe Luís não demonstram disposição para ceder. A diretoria entende que já avançou até onde podia, especialmente no aspecto financeiro, enquanto o treinador está de férias e deixou as conversas nas mãos de seu empresário, Jorge Mendes.

A comissão do agente é outro ponto sensível. O presidente Bap se afastou das negociações e delegou o tema ao diretor de futebol José Boto, mas também deixou claro que não pretende esticar ainda mais a proposta. O contrato do técnico se encerra na próxima quarta-feira, e a indefinição já atrapalha o planejamento esportivo de 2026.

Thiago Motta surge como opção interna

De acordo com O Globo, uma ala do Flamengo defende o nome de Thiago Motta como possível substituto. O ex-jogador ítalo-brasileiro, de 43 anos, teve passagem recente pela Juventus e agrada pelo perfil mais moderno e pela experiência no futebol europeu. A avaliação ainda é preliminar, mas o nome já circula nos bastidores caso a negociação com Filipe Luís não tenha desfecho positivo até 31 de dezembro.

Artur Jorge entra no radar

Outra frente da diretoria considera Artur Jorge uma alternativa viável. Ex- Botafogo, o técnico português está atualmente no comando do Al-Rayyan. Para uma eventual volta ao Brasil, o Flamengo teria de arcar com multa rescisória, fator que pesa na análise, mas não inviabiliza a operação.

Negociação quase fechada e recuo

A ESPN revelou que, no início de setembro, durante a Data Fifa em Lisboa, o Flamengo esteve muito próximo de fechar a renovação com Filipe Luís até dezembro de 2027. Na ocasião, José Boto e Jorge Mendes alinharam praticamente todos os termos do acordo, incluindo salário e multa. De volta ao Brasil, porém, o presidente Bap optou por não assinar naquele momento, gerando atraso no processo.

Valores, títulos e mudança de cenário

Ainda segundo a ESPN, o recuo causou incômodo no estafe do treinador, especialmente em Jorge Mendes, que entendeu haver desvalorização e um movimento estratégico do clube. Com os títulos conquistados no fim da temporada e a boa campanha internacional, o empresário reagiu elevando a pedida. Hoje, o estafe de Filipe Luís trabalha com um salário mensal na casa de R$ 5 milhões, incluindo a comissão técnica, valor próximo ao recebido por Abel Ferreira no Palmeiras.