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    porto velho, sexta-feira 11 de outubro de 2024

River Plate chega à quarta semifinal seguida na Libertadores

Agora, o time do inoxidável Marcelo Gallardo disputa uma vaga na decisão diante do Palmeiras.


Assessoria

Publicada em: 18/12/2020 10:06:38 - Atualizado

Com o estrondoso baile de 6 a 2 diante do Nacional, em Montevidéu, o River Plate alcança sua quarta semifinal de Libertadores consecutiva. Agora, o time do inoxidável Marcelo Gallardo disputa uma vaga na decisão diante do Palmeiras. Já o Santos aguarda o vencedor de Boca Juniors e Racing (La Academia venceu por 1 a 0 o primeiro jogo das quartas de final). Aliás, a conformação das semifinais comprova a hegemonia de Brasil e Argetina no torneio continental: desde 2018, apenas clubes dos dois países chegaram entre os quatro sobreviventes da contenda libertadora, algo inédito nos 60 anos da competição.

O último clube a quebrar o DUOPÓLIO de brasileiros e argentinos foi o valeroso Barcelona de Guayaquil, que em 2017 derrubou Santos e Palmeiras para avançar até a semifinal, onde acabou eliminado pelo Grêmio. Desde então, o que temos é um samba (e um tango) de poucas notas: em 2018, Grêmio x River Plate e Boca Juniors; em 2019, Flamengo x Grêmio e Boca Juniors x River Plate. E, na atual temporada, novamente as duas bandeiras protagonizam os duelos da antessala da decisão.

Difícil seria acreditar que essa tendência desagrada à Conmebol. Na verdade, parece é que o objetivo está sendo alcançado, afinal há alguns anos a entidade inchou a competição de brasileiros e argentinos -- os dois países juntos detêm 13 das 46 vagas, a maioria já entrando direto na fase de grupos, ao contrário dos demais países. Além do grande apelo popular de seus clubes, Brasil e Argentina são os países em que o futebol movimenta mais dinheiro, logo torna-se atraente, em termos econômicos, que haja o maior número possível de enfrentamentos entre eles.

Por mais paradoxal que seja, não parece haver interesse da confederação continental em aumentar a diversidade de protagonismo na principal competição do continente. Até hoje, a semifinal "marginal" de 2014, disputada entre San Lorenzo x Bolívar e Nacional do Paraguai x Defensor, deve provocar calafrios nos cofres da Conmebol. Há, no entanto, um risco acentuado de que a disparidade de grana e de tratamento provoque um crescente desinteresse dos clubes dos países relegados, que talvez se cansem de representar uma nota de rodapé no torneio que deveria representar sua principal vitrine. É provável que logo se perceba a insustentabilidade de uma competição continental que despreze grande parte do seu próprio continente.


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