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porto velho, sexta-feira 9 de maio de 2025
O governo brasileiro voltou a reiterar que acontecerá a Copa América, em uma reunião por teleconferência na noite de ontem, sábado, com o Conselho da Conmebol. O próprio presidente Jair Bolsonaro confirmou a realização da competição, marcada para começar daqui uma semana.
Os nomes dos líderes do time que exigiram reunião com o presidente da CBF, Rogério Caboclo, foram 'vazados' para a imprensa.
Neymar, Casemiro, Thiago Silva, Alisson, Marquinhos e Danilo.
Tite foi taxado, nas redes sociais, por apoiadores do presidente Bolsonaro, como o grande 'sabotador' da Copa América. Com a suposta intenção de prejudicar o governo. Os ataques ao treinador são muito fortes e o exigem fora da Seleção.
O tricampeão do mundo, Clodoaldo, acompanha a delegação em Porto Alegre, o campeão da Copa América de 1997, Cesar Sampaio, auxiliar fixo de Tite. E o coordenaro Juninho. Todos de perfis moderados, recomendaram aos jogadores.
Em vez de não disputarem a Copa América, recuarem.
Nada de confronto.
Divulgar apenas um manifesto, assinado por todos os jogadores, para os líderes não serem penalizados. Nele deixaram claro que não concordam com a realização da competição, com o Brasil no auge da pandemia, com mais de 470 mil mortos e 16.904.986 contaminados.
Não entendem motivo para celebrações.
Além do risco de as mil pessoas, as dez delegações, expostas, viajando pelo Brasil. Fora o fato de vários jogadores do Exterior terem passado por países em que a cepa indiana da Covid-19, de mais efetiva contaminação e mortalidade, virem ao país para jogar contra a Seleção.
O manifesto seria lido pelo capitão da partida contra o Paraguai, em Assunção, na terça-feira.
E os atletas disputariam a Copa América sob protesto.
Podendo usar uma faixa preta, de luto, em homenagem aos brasileiros mortos pela Covid.
Talvez sem dar entrevistas durante toda a competição.
Greve de silêncio para marcar posição e não se comprometerem individualmente.
Mas jogariam.
"Marcariam suas posições", mas não fariam com que o Brasil fosse ridicularizado internacionalmente, por ter oferecido para organizar o torneio que a Colômbia e a Argentina desistiram. E depois, sua própria Seleção deixasse de disputar.