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Diretoria da CBF afasta Caboclo por mais 60 dias por denúncias de assédio

A decisão da diretoria, segundo interlocutores, foi baseada no artigo 143 do estatuto da entidade. O prazo de 60 dias começa a contar a partir desta sexta-feira (2).


cnn

Publicada em: 02/07/2021 10:59:03 - Atualizado

Em mais um revés sofrido por Rogério Caboclo, a diretoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu afastá-lo por mais 60 dias, em decorrência das denúncias de assédio moral e sexual feitas por dois funcionários da entidade.

Esta é uma decisão complementar àquela tomada pela Comissão de Ética, que impôs o afastamento de Caboclo por 30 dias, ocorrida no dia seis de junho. Assim, essa nova medida foi tomada por uma instância superior a da primeira.

A decisão da diretoria, segundo interlocutores, foi baseada no artigo 143 do estatuto da entidade. O prazo de 60 dias começa a contar a partir desta sexta-feira (2).

De acordo com uma fonte da CBF ouvida pela CNN, não houve o temor de que Caboclo voltasse ao comando da entidade antes de ser julgado pela Comissão de Ética da CBF. Segundo a fonte, a diretoria está "apenas cumprindo sua missão institucional estatutária com base em sua convicção".

A decisão, ocorrida em reunião realizada pela diretoria da CBF na noite de quinta-feira (01), aconteceu horas depois de Caboclo ter acusado Marco Polo Del Nero, ex-presidente da entidade, que o antecedeu no cargo, de oferecer R$ 12 milhões para que uma funcionária não denunciasse assédio na CBF.

Procurada, a assessoria de Rogério Caboclo informou que o cliente deve se pronunciar ainda na manhã desta sexta-feira (02) sobre o novo afastamento. Procurada, a defesa de Del Nero, até o momento, não se pronunciou sobre as acusações feitas por Caboclo.

Denúncias

A primeira denúncia formal de assédio moral e sexual contra o presidente da instituição, Rogério Caboclo foi enviada à Comissão de Ética da CBF e à Diretoria de Governança e Conformidade, no dia quatro de junho.

A acusação foi feita por uma funcionária que ocupa um cargo de confiança e trabalha há cerca de nove anos na CBF. No documento, apresentado pelo escritório Ideses Advogados, que representa a autora da ação, a defesa afirma ter provas dos fatos narrados e pede que o dirigente seja investigado e afastado. Os advogados também pedem investigação no judiciário estadual.


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