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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
PORTO VELHO –RO - Representantes da Associação Máster de Imprensa tentam ajustar projeto que visa transformar o campo de futebol de grama natural, usado pela entidade, na avenida Imigrantes, no bairro Alphaville, em campo de grama sintética.
Como trata-se de uma agremiação com atletas de idade mais avançada, o campo com gramado artificial poderia trazer danos à saúde dos integrantes. É muito comum contusões graves no joelho na prática do futebol em campos feitos com esse material industrial.
Alguns jogadores locais, que jogavam futebol neste tipo de piso duro, ficaram até inutilizados para a atividade devido a traumas nas articulações e tiveram que abandonar muito cedo o esporte.
Com essa preocupação, os dirigentes visitaram na manhã desta terça-feira (26), na Câmara Municipal de Porto Velho, os vereadores Marcelo Reis (PSDB), Márcia Socorrista (PP), Gilber Mêrces (Podemos) e Vanderlei Silva (Republicanos). Falaram em nome da associação o presidente, jornalista Antônio Pessoa, o atual coordenador de futebol e gerente administrativo, Antônio Oliveira, o popular Chapolim, e o radialista Jota Dourado.
Os vereadores se comprometeram em questionar com a autora da emenda parlamentar, deputada federal Mariana Carvalho (PSDB), a possibilidade de ajustar o projeto, colocando a grama sintética ao lado do campo de grama natural. A ordem de serviço para execução já foi autorizada e a prefeitura pode começar a obra a qualquer momento. Antônio Pessoa destacou que há mais de 38 anos a área é cuidada por moradores da região e alguns são diretores da associação e jogam futebol no local.
Pessoa lembrou ainda que, para fazer o atual campo, os próprios fundadores da entidade gastaram tempo e muito recursos próprios. Vários caminhões de cascalho foram retirados e uma empresa especializada foi contratada para plantar a grama. “Foram dias duros de árduo trabalho,” frisou.
Segundo Pessoa, o poder público nunca sequer cuidou da limpeza da praça que é feita pelos próprios jogadores. “E ainda nunca colocou iluminação na praça e também não fez um banheiro, apesar de dezenas de solicitações do grupo de jornalistas. Ele disse ainda que o projeto que pode acabar com futebol no local, esqueceu de ouvir os principais interessados. Várias árvores frutíferas também foram plantadas por antigos cuidadores, como Éder e Antônio Fontoura, tornando o ambiente bonito e que atrai muitas famílias nos finais de semana.
Marcelo Reis destacou que a intenção de Mariana Carvalho é das melhores e o projeto é muito amplo, visando o bem estar de todos com a abertura de novos espaços para a atividade desportiva e de lazer. “O que temos que fazer é ajustar o projeto e buscar soluções para resolver o impasse, remanejando o campo sintético para uma área próxima, pois há espaço suficiente e o bom senso tem que prevalecer, pois não onera o projeto original. Quando não há custos extras, não vejo motivo para modificar o projeto.” Já a vereadora Márcia Socorrista acrescentou que é importante que a política seja feita para beneficiar a população e não o contrário.