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Luis Castro critica centro de treinamento do Botafogo: "Bom para estacionar carros"

Em entrevista coletiva, técnico reclamou das condições de trabalho no espaço Lonier


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Publicada em: 24/06/2022 10:05:42 - Atualizado

O técnico Luís Castro, do Botafogo, fez duras críticas ao Lonier, local em que equipe vem realizando os treinamentos. Para o português, o piso é duro e tem exposto os jogadores a problemas físicos. Ele chegou a comparar o local a um estacionamento.

- No lado prático, tem um CT com um piso duríssimo que é bom para estacionar carro, mas que temos que treinar lá mas que causa muitos problemas devido à dureza do piso. Não temos um CT com as condições mínimas para o dia a dia - reclamou o técnico.

Anteriormente, o Alvinegro treinava no Campo Anexo do estádio Nilton Santos. No entanto, o local passou por reformas, o que levou o elenco ao Lonier. O clube chegou a procurar alternativas, como o centro de treinamentos do CFZ mas não concluiu o negócio.

A mudança de local de treinos também gerou outros problemas, como o distanciamento entre os departamentos do clube. O Lonier fica na zona oeste do Rio bem distante da estrutura que já existia no estádio Nilton Santos. Para Castro, essas condições causam preocupação quanto ao projeto.

- Temos uma academia longe de nós e que quero ter mais perto. Tenho consciência que o mercado não vai dar sempre o que teremos. É uma organização e estrutura que queremos mais perto mas andam tão distantes. Não conhecemos os líderes dos departamentos em dois meses porque não temos estrutura. É isso que deve preocupar o projeto. Quero muito atingir tudo o que o Botafogo quer, mas faltam muitas condições práticas para chegar a isso e as pessoas precisam ter consciência disso.

O técnico também demonstrou um ressentimento por ter sofrido xingamentos da torcida durante a sequência ruim de resultados, que antecederam as vitórias sobre o São Paulo e o Internacional. Após a vitória "heróica" na última rodada do Brasileiro contra o Colorado, com um atleta a menos, a torcida mudou de postura e foi receber a equipe no aeroporto com festa.

- Torcedores nunca me assustaram. Nem pelo bem nem pelo mal. A chegada (ao aeroporto) foi depois de alguns dias depois de me mandarem tomar no *, o estádio todo. Quer uma situação quer outra, não me esqueço nada. O dia que me mandaram tomar no cu nem a forma como me receberam. Nos faz pensar o futebol e o que representamos para as pessoas - considerou.

Mudança no estilo de jogo

- Houve realmente uma pequena inversão. Sempre disse que não abdicamos do nosso princípio, há variantes, digo sempre o mesmo. Nós temos que olhar o contexto e perceber o que temos nas mãos rápido para poder ratificar os caminhos. Entendemos que ao fim de dois meses de trabalho deveríamos mudar um pouco o posicionamento em campo e o sistema tático. Foi feito, foi mais conseguido num jogo do que no outro.

- Sabemos que vai continuar a acontecer derrotas, assim como vitórias. Houve claramente um diferente posicionamento. Vamos aproveitar espaços diferentes. Vamos tirar espaços da outra equipe. O Botafogo não teve pré-temporada com minha equipe técnica - prosseguiu.


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