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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
Técnico do Corinthians, Vítor Pereira ficou furioso com a arbitragem do empate com o Flamengo, disputado nesta quarta-feira, na Neo Química Arena, válido pela final da Copa do Brasil.
Com um papel contendo todos os nomes dos árbitros do jogo, o português chegou à sala de entrevista coletiva pronto para citar um a um as situações de supostos erros.
Para ele, o principal foi o lance com o zagueiro Léo Pereira, no qual os corintianos reclamam de um toque na mão dentro da área. O árbitro Bráulio da Silva Machado não marcou infração e tampouco ouviu do árbitro de vídeo, Rodrigo D'Alonso Correira, orientação para consultar o monitor.
O outro lance polêmico na opinião do treinador foi o volante João Gomes não ter recebido o segundo cartão amarelo, e consequentemente o vermelho, após uma falta em Fagner.
– Foi pênalti? Vou falar o que achei do jogo. O jogo foi equilibrado, momentos em que estivemos por cima, momentos em que o Flamengo esteve por cima. Equipes que se respeitaram. Eles com argumentos deles, nós com nossos argumentos. Raramente falo de arbitragem, mas o que não consigo entender é que primeiro: o senhor Bráulio da Silva Machado não conseguiu ver o segundo amarelo para o João Gomes, mas o Dorival Júnior viu, tanto que logo em seguida o tirou.
– Segundo: o seu Rodrigo D'Alonso Ferreira não conseguiu ver no VAR, lá em cima, com toda a tecnologia disponível, que a bola bate no braço, que ele não está ao longo do corpo, que está em volumetria, que impede que a bola chegue no Giuliano. Ele não conseguiu ver isso, nem teve dúvida, nem chamou para a análise. Isso que acho estranho e não consigo entender – disse Vitor Pereira.
– Dois erros claros da arbitragem que nos prejudicaram. Sou honesto.
O técnico disse ser avesso a comentários sobre a arbitragem, mas não conseguiu se conter e acabou falando bastante sobre o assunto desde o começo da entrevista.
– Para mim, nessas duas decisões, saíram lesados mais de 30 milhões de corintianos, isso é que é preciso estar atento. É preciso falar disso, não falar de flores. Até o segundo jogo, não quero que se fale de flores, quero que se fale disso, não é para se esconder. Não sei por que, não faço ideia, estou aqui a dar minha opinião. Um segundo amarelo tem que ser cartão vermelho para João Gomes, que nos colocaria em vantagem em termos numéricos. E um pênalti em que o senhor Rodrigo D'Alonso nem chama o árbitro. Isso me deixa intrigado e eu tenho que falar. Quando tenho que falar, eu falo. Isso, para mim, foram dois erros claros numa final – completou.
O jogo de volta da grande decisão será na próxima quarta-feira, dia 19, no Maracanã, às 21h45. Qualquer novo empate leva a decisão aos pênaltis. Os dois times jogam por uma vitória simples para levantar a taça da Copa do Brasil.
– Erros da arbitragem não são só no Brasil, há erros de arbitragem no meu país, há erros de arbitragem em todo o lado. Agora, que são erros de arbitragem que podem decidir uma final. O que eu estranho mais é, de fato, um VAR ou quem é responsável pelo VAR não ter dúvidas nenhuma e não chamar o árbitro para analisar a situação. Não foi pênalti na visão dele, mas na minha foi e na visão de muita gente. Não foi marcado, mas foi pênalti. Dois erros. O segundo amarelo no João Gomes é claro. E o Dorival também viu isso, senão não teria tirado ele logo a seguir. Não estou aqui a dizer que são erros intencionais, essa não é minha luta, as pessoas que analisem e que falem. Eu só estou a dizer que são dois erros claros.
Confira outros pontos da entrevista coletiva do treinador:
Estratégia
– Não quis jogar no erro, quis jogar a pressionar, mas tem momentos que não temos capacidade de pressão e eles nos empurram lá para trás, eles têm qualidade para, em determinados momentos, nos empurrar para trás. A intenção era pressioná-los, não deixá-los jogar.
Segunda final
– Vamos ter que ser competitivos no Maracanã e ganhar essa Copa no Maracanã, vamos ter que ir lá com intenção de ganhar a Copa. Eles vão jogar o jogo deles, nós vamos jogar o nosso jogo, corrigir um ou outro aspecto... Eu disse antes do jogo. O Flamengo é uma equipe que precisa ser pressiona, senão começa a perder o respeito, a meter muita gente sobre a linha defensiva adversária, começa a jogar muito entrelinhas, começa a tricotar o jogo e nos empurra para trás. Temos que pressionar mais, ter mais bola, não andar sempre em acelerações. Se tivermos mais bola, há espaço para jogar. No sistema em que eles jogam, não é difícil perceber onde os espaços existem. E nós temos que explorar melhor isso. Fundamentalmente, é isso, não permitir que o jogo se parta, porque eles são perigosos em transição. Os homens da frente são perigosos, podem decidir o jogo. Tivemos algumas oportunidades, eles tiveram outras. Foi um jogo equilibrado. Em alguns momentos eles estiveram por cima, nós estivemos por cima em outros momentos. Foi um jogo equilibrado. O empate não é desajustado, a não ser pela questão do pênalti e do vermelho que deveria ter sido mostrado.