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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
O técnico da seleção brasileira, Tite, concedeu entrevista coletiva após o anúncio da lista de convocados para a Copa do Mundo do Catar, nesta segunda-feira (7).
O treinador afirmou que o Brasil chega mais “forte, firme e consistente” para o mundial de 2022, mas descartou comparar diretamente com o trabalho para a Copa de 2018, por ter sido iniciado “no meio de um ciclo”. Tite assumiu a Seleção em 2016.
“Aquele ciclo era de recuperação, são diferentes. Hoje é um processo inteiro de quatro anos. É injusto, para mim, fazer essa comparação. Para com os atletas todos”, explicou.
“Chega, por esse processo todo de trabalho, muito mais tranquilo, em paz, confiante, por esses quatro anos de trabalho que tivemos, associados àqueles dois. Quer dizer que vai ganhar? Não tô dizendo que vai ganhar. Mas chega mais forte? Sim. Chega mais estruturado? Sim”, ressaltou.
Sobre um possível favoritismo do Brasil para a conquista da taça, Tite assumiu que, na sua opinião, o Brasil é “um dos favoritos” para levantar a taça, mas alertou para a dificuldade do modelo do torneio, que possui jogos únicos, diminuindo a “margem de erro”.
A comissão também pontuou que estão acompanhando outras seleções, mas que, no momento, o maior foco é nas que estão no mesmo grupo do Brasil (Camarões, Sérvia e Suíça).
Foram apresentados como observadores para a Copa do Catar Ricardo Gomes, Fernando Lázaro e Lucas de Oliveira. Eles auxiliarão na análise dos jogos de adversários. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi escolhido Chefe de Delegação.
Um dos quebra-cabeças que Tite terá será a montagem do ataque, visto que foram convocados nove jogadores que atuam na parte mais avançada do campo: Neymar, Vinicius Junior, Antony, Rodrygo, Raphinha, Richarlison, Pedro, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli.
O treinador ressaltou, porém, a questão de ter uma equipe equilibrada, que, ainda assim, seja segura na defesa.
“Para vencer alto nível, você tem que ter criação e gol, é fundamental. A gente tem uma parcela maior de atletas convocados nesse sentido”, acrescentou, destacando em seguida que o “bom momento” dos atacantes determinou suas convocações.
“O que há é uma geração de atletas de alto nível que estão se convocando pelo alto nível que tem. Não sou eu que quero, os atletas estão buscando, estão em alto nível, com desempenho alto”, pontuou.
Quando questionado se a grande quantidade dos jogadores em alto nível poderia tirar a “dependência” que a Seleção poderia ter em Neymar, ele observou que “uma seleção é protagonista de seus grandes atletas, depende deles. (…) A gente precisa de todos, somos dependentes da qualificação de todos eles”.
Sobre a convocação do atacante do Arsenal, Tite observou que “precisamos de jogadores agudos, incisivos pelos lados”, o que, em sua visão, pode ser desempenhado por Martinelli.
Já sobre Richarlison, que está se recuperando de uma lesão, a comissão técnica informou tê-lo visitado — assim como Lucas Paquetá — para avaliação médica, e que estão “muito confiantes” que o jogador do Tottenham estará “totalmente liberado” na próxima semana.