O recorte ainda é pequeno, e Tite só vai falar sobre a formação do time na semana que vem, às vésperas da estreia contra a Sérvia - na próxima quinta-feira -, mas o campo, como reza a cartilha do treinador, tem falado o que pensa o comandante da Seleção para a Copa do Mundo no Catar.

Em dois dias de movimentações mais intensas, Tite fez práticas defensivas, de organização tática e de bola parada sempre com dois pontas abertos em cada time treinado por ele ou por seus auxiliares. E também com Lucas Paquetá, titular neste ciclo de Copa, como segundo homem de meio de campo e não aberto pela esquerda, como "ponta flutuador".

Nesta sexta-feira, o treinador vai fazer enfrentamento e, provavelmente, vai separar duas equipes no campo mais aberto - como tem feito nos primeiros dias, deve misturar titulares e reservas. É possível que o treino seja fechado novamente depois de 15 minutos.

Tite disse na série de entrevistas que concedeu antes da convocação que a sua Seleção tem duas maneiras prontas de jogo:

• a mais ofensiva tem dois pontas abertos, de enfrentamento e de mano a mano, até a linha de fundo. Além disso, usa Paquetá ao lado de Casemiro. O que ganha com essa formação: mais criatividade e chegada na área com jogador versátil como Paquetá. E, claro, a agressividade de Vini Jr de um lado do campo. O que pode fazer falta: a recomposição mais dinâmica na defesa, preenchimento de espaços.
• a de maior equilíbrio, expressão que Tite já usou, tem Fred ao lado de Casemiro. O que pode faltar: presença de área mais intensa no campo ofensivo do jogador do Manchester United. Ex-meia de criação, Fred hoje atua mais recuado, mas é um perseguidor implacável de adversários em campo. O que ganha: nas palavras de Tite, transição em velocidade e agilidade.