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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
A suspeita de esquemas na compra de ingressos para os shows de Sandy & Junior levou a justiça a cobrar relatórios minuciosos das empresas Live Nation Brasil Entretenimento e da Empresa Brasileira de Comercialização de Ingressos. Segundo nota do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, elas terão que informar a quantidade de ingressos vendidos no total, virtual e presencialmente. As responsáveis também terão que esclarecer a quais CPFs os bilhetes foram vendidos.
"A ação foi movida por duas consumidoras, que sustentaram a existência de fortes indícios de que as vendas realizadas para o show foram fictícias, simuladas. Para o cumprimento da ordem, o juiz concedeu o prazo máximo de cinco dias corridos, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, até o limite de R$ 50 mil", informa a matéria do Tribunal de Justiça.
As consumidoras que acionaram a justiça também reclamam do cancelamento de compras.
"As autoras haviam pedido que as rés cancelassem as compras que infringiram a regra de seis inteiras e duas meias por CPF e recolocassem os ingressos à venda. Sobre esses pedidos, o magistrado registrou que, no momento, 'não é possível atendê-los, posto que sem as devidas informações, não se mostra adequado determinar o cancelamento das vendas'”.
Segundo o juiz responsável pelo caso, os pedidos que se referem a momento posterior à apuração dos dados "“necessitam ser examinados sob a luz do contraditório, de maneira a garantir a plena elucidação dos fatos que embasam a presente demanda, sobretudo por envolverem direitos de terceiros alheios à lide.”
O EXTRA entrou em contato com a assessoria de imprensa da Live Nation. Até a publicação deste post, a empresa ainda estava elaborando o comunicado oficial.
No Rio de Janeiro, polícia investiga possíveis cambistas
A polícia do Rio de Janeiro invetiga a denúncia de que, na última quarta-feira, havia cambistas na bilheteria da Jeunesse Arena, na Barra, durante a pré-venda dos ingressos do show extra. Segundo testemunhas, homens armados teriam comprado diversos tickets na frente dos fãs. O fato está sendo apurado pela Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon).
Morador de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, X, de 30 anos, que pediu para manter a identidade em sigilo, conta que viu cambistas armados discutindo como fariam a compra dos ingressos:
— Na segunda-feira, cheguei por volta das 13h, à Jeunesse Arena. Lembro que tinham quatro grupos na minha frente. Dois de fãs e dois de cambistas. Fiquei muito tenso quando vi. Eu fiquei acampado dentro de uma barraca e acabei ouvindo as histórias deles e como fariam as compras, inclusive pagando idosos para ficaram na fila. Na madrugada de segunda para terça, vi três homens armados eles tinham em média de 40 anos e ficavam o tempo todo encarando os fãs e mostrando as armas como forma de intimidação.
O Procon Estadual disse que não recebeu nenhuma reclamação referente a situação apresentada. Mas que o caso se trata de um caso de polícia, não de relação de consumo.
Em nota, a Ingresso Rápido, responsável pelas vendas, disse repudiar qualquer esquema de venda ilegal de ingressos: "A venda é feita para todos igualmente respeitando as regras estabelecidas, como preferencial, por exemplo. Com relação à segurança, estamos com a segurança preparada pra esse tipo de porte de show. Podem ser comprados seis ingressos por CPF, limitado a duas meia entradas".