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    porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024

Nova audiência na Justiça revive 'briga' por retomada de rotas em Porto Velho

Segundo argumento da prefeitura em ação movida na Justiça, retirada dos voos causou prejuízo a população e a economia da capital.


g1 RO e Rede Amazônica

Publicada em: 26/02/2024 09:57:01 - Atualizado

PORTO VELHO-RO: A terceira audiência na 2ª Vara de Fazenda Pública, entre a prefeitura de Porto Velho e as companhias áreas, deve acontecer nesta segunda-feira (26). O encontro vai reviver a 'briga' pela retomada de rotas suspensas ao longo de 2023 e acontece em meio a novos cancelamentos de voos na capital.

Essa audiência é resultado de uma Ação Civil Pública, com pedido de tutela antecipada, movida em 2023 pela prefeitura de Porto Velho contra as empresas aéreas. Na época, as empresas Gol e Azul anunciaram a retirada de voos comerciais a partir da capital rondoniense, principalmente para Manaus.

Segundo argumento a prefeitura no processo, a decisão das companhias aéreas "denotaria uma conduta abusiva", sendo considerada uma prática abusiva contra o consumidor, além de causar prejuízos financeiros ao município.

No início deste mês de fevereiro, a população do estado foi surpreendida com uma nova notícia no meio da aviação: a empresa Latam anunciou o cancelamento de duas rotas aéreas - o voo direto para Manaus e o voo diurno para Brasília.

O governo de Rondônia deve participar da audiência judicial que será realizada na 2ª Vara de Fazenda Pública, nesta segunda-feira, a partir de 9h. Isso porque no ano passado, uma decisão judicia ordenou que o estado apresente quais são os incentivos ficais que o poder executivo tem dado para as companhias aéreas que operam voos comerciais no estado.

O MP pede a retomada das rotas que foram suspensas, como as rotas diretas de Porto Velho a Cuiabá e Porto Velho a Manaus.

Rotas canceladas ao longo de 2023 e início das reuniões

No final de julho de 2023, a Gol Linhas Aéreas anunciou a retirada de seus tradicionais voos diretos entre Porto Velho e Manaus. Na mesma semana, a Azul suspendeu voos no interior e alegou que a medida se deve a um alto índice de processos judiciais.

Em 16 de agosto, a redução da malha aérea foi discutida em reunião da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa de Rondônia. Apenas a Azul compareceu, e revelou que não vai mais oferecer voucher como acordo nas audiências judiciais em Rondônia.

Durante a fala na tribuna, o representante da Azul reafirmou que no estado existe uma alta judicialização contra a empresa e isso foi determinante para redução de suas operações no estado.

Nas audiências iniciais, Gol e Azul justificaram a redução na oferta de voos ao apontar os custos elevados associados aos voos para o Estado.

As empresas enfatizaram o impacto significativo da corrente do volume e do valor elevado das condenações judiciais em comparação com outros estados do país, resultando em prejuízos e levando à decisão de explorar outras rotas. Nesta nova audiência, as companhias reiteraram o compromisso de reavaliar o cenário.



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