PORTO VELHO-RO: Porto Velho está prestes a receber uma injeção econômica significativa, com cerca de R$ 1,5 bilhão movimentando a economia local neste fim de ano. A expectativa tem levado comerciantes a intensificar a contratação de trabalhadores temporários para atender à demanda de Natal e Ano Novo. No entanto, a situação na Avenida Sete de Setembro, um dos pontos mais tradicionais do centro da cidade, revela os desafios enfrentados pelo comércio local.

A região, conhecida por sua importância histórica e comercial, vive um cenário de crise, em concorrência com comércios como da Avenida Jatuarana zona sul da cidade e Amador dos Reis zona leste da capital. 

Diversas lojas já fecharam suas portas, outras estão em vias de encerrar atividades, enquanto muitas lutam para sobreviver. Entre as principais reclamações estão a falta de segurança, agravada pela presença constante de pessoas em situação de rua e usuários de drogas, além da carência de vagas de estacionamento e mudança no corredor de ônibus.

Comerciantes relatam prejuízos constantes, como arrombamentos e vandalismo. Há casos em que vitrines foram quebradas mais de uma dezena de vezes somente este ano. Soma-se a isso o desestímulo dos consumidores, que evitam a região devido ao ambiente degradado e à dificuldade de acesso.

Segundo Joana Joanora das Neves, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o problema não se limita à segurança. A escassez de vagas para estacionamento compromete a logística do comércio e dificulta as entregas de mercadorias. Além disso, os aluguéis na área permanecem com valores elevados, incompatíveis com a realidade econômica enfrentada pelos lojistas.

A Prefeitura de Porto Velho tem buscado soluções para revitalizar o centro histórico. Em 2022, foram realizadas obras de restauração de calçadas em trechos de ruas como Dom Pedro II, Gonçalves Dias e Júlio de Castilhos. As intervenções tinham como objetivo melhorar a circulação de pedestres e o trânsito local. Contudo, essas medidas ainda não foram suficientes para reverter o quadro geral.

Com a proximidade das festas de fim de ano, o comércio da região vive uma mistura de esperança e preocupação. A expectativa de aumento nas vendas contrasta com os problemas estruturais e de segurança que ainda persistem. 

A revitalização do centro de Porto Velho é vista como essencial para resgatar a importância histórica e econômica da área, promovendo não apenas o fortalecimento do comércio, mas também a recuperação do orgulho local e esta tem sido uma tônica de cobrança da Federação do Comércio-FECOMÉRCIO, na pessoa de seu presidente Raniere Coelho.

O dirigente já elaborou projetos e tem envidado esforços de manter-se sempre na defesa do empresariado e dos empregados do comércio local.