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porto velho, sexta-feira 7 de fevereiro de 2025
SÃO PAULO/RONDÔNIA: Um alojamento com 60 jovens de Rondônia, com idades entre 14 e 20 anos, foi interditado pela Vigilância Sanitária de Pedro de Toledo, no interior de São Paulo, após denúncia de insalubridade. No local, os agentes confirmaram a situação no imóvel, que não tinha autorização para funcionar. O grupo é formado por atletas que iriam integrar um time de futebol ainda em formação.
Diante do cenário encontrado, de bagunça, lixo espalhado e janelas sem vidros, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) determinou que os jovens voltem para o estado de origem. A casa fica no bairro Ribeirão do Luiz 1, na zona rural, onde funcionava uma clínica para dependentes químicos.
A viagem de ônibus de Rondônia a Pedro de Toledo durou três dias e os jovens tinham autorização dos pais, que pagavam um valor mensal ao responsável pelo alojamento para despesas de higiene e alimentação. Uma parte do grupo chegou em janeiro e outra na madrugada de quinta-feira (6).
Denúncia
A denúncia de insalubridade foi apresentada ao Conselho Tutelar de Pedro de Toledo e constatada pela conselheira tutelar Claudinéia Ferreira dos Santos, que acionou a assistência social da cidade, Ministério Público e Polícia Militar.
A conselheira contou as condições eram precárias para abrigar tantos jovens. "Não tinha cama para todos. As beliches ainda estavam sendo montadas e está tendo reforma dentro da casa".
Casa que abrigava 60 jovens em condições insalubres é desocupada no interior de SP
Saída do alojamento
Claudinéia contou ter criado um grupo em um aplicativo de mensagens com os pais dos jovens para comunicá-los sobre o esvaziamento do alojamento.
A vereadora Neuracy Montanagna (PL) acompanhou a ação de desocupação e contou que os jovens estavam pleiteando vagas para estudar na cidade. "Sem um pré-aviso, um preparo antes, a cidade não comporta esse número de vagas nas escolas".
De acordo com a reportagem da TV Tribuna, afiliada da Globo, o responsável pelo alojamento e estadia dos jovens não quis gravar entrevista, mas disse que confiou na documentação do dono do imóvel, que antes funcionava uma clínica para reabilitação de dependentes químicos.