PORTO VELHO - RO - A concessão da BR-364, que liga Porto Velho a Vilhena, gerou forte indignação entre a população e entidades representativas. A principal crítica está nos altos valores dos pedágios que serão cobrados ao longo da rodovia, o que promete onerar motoristas e empresas que dependem da via. 

A medida, anunciada como uma solução para melhorar a infraestrutura, é vista por muitos como vantajosa apenas para grandes empreiteiras e políticos, enquanto os usuários da estrada continuam a arcar com os custos elevados.

Embora a concessão tenha o objetivo de modernizar a rodovia, os valores dos pedágios são considerados altos demais, principalmente para quem já enfrenta dificuldades econômicas em cidades ao longo da estrada. 

O desconforto aumenta quando se percebe que as empreiteiras responsáveis pela administração da via terão lucros substanciais, sem garantir melhorias significativas para a população. Acusações de envolvimento de políticos com interesses empresariais alimentam a sensação de que a concessão é mais um negócio para poucos, em detrimento do bem-estar da maioria.

Para motoristas e empresários que dependem da BR-364, os altos custos dos pedágios são um pesado fardo, especialmente quando se observa que a rodovia, por anos, tem sofrido com falta de manutenção e infraestrutura precária. Mesmo com a promessa de melhorias, muitos questionam se os investimentos serão suficientes para justificar os altos valores das tarifas.

A concessão da BR-364 segue sendo um tema polêmico. Sem uma discussão pública mais ampla sobre o processo e os termos do contrato, cresce a desconfiança de que os interesses privados estão sendo priorizados em detrimento da população. Para que o projeto seja considerado benéfico para todos, será necessário garantir que os custos com os pedágios sejam compensados por melhorias reais na rodovia e que os lucros não beneficiem apenas um pequeno grupo.