RONDÔNIA: O advogado Caetano Neto protocolou, nesta semana, na seccional da OAB de Rondônia, representação disciplinar contra advogados de um escritório da Paraíba (PB), solicitando, ainda, que enviei Ofício à Superintendência da Polícia Federal para instauração de inquérito contra Antonio de Barros Neto, conhecido como “Poeta”.

Na peça, o causídico explicou que, no dia13 de fevereiro, no município de Vilhena, “Poeta”, se apresentando na condição de presidente da Associação dos Servidores em Transição do ex-Território Federal para o Estado de Rondônia (Assertron), realizou reunião com objetivo de oferecer informes da entidade e concomitantemente, serviços da entidade para promoção de ações e/ou integrar em ações já promovidas pela ASSERTRON com resultados favoráveis aos servidores com oferecimento de ficha de filiação junto a entidade e cópia de procuração para assinatura constituindo assim, advogados da Paraíba, para propositura das ações.

“Poeta” estaria percorrendo cidades no interior de Rondônia, promovendo reuniões em prédios públicos, divulgando seu intento, envolvendo centenas de servidores, familiares de servidores falecidos, servidores dos vários níveis (federal, estadual e municipal) e ainda, busca encontrar ex-servidores do Banco Beron, ex-servidores da empresa Ceron e servidores da empresa Caerd, todos, fazendo promessas de inclusão nos quadros do Governo Federal na condição de servidores do ex-Território Federal de Rondônia, afirmando que teriam direito a receber diferenças remuneratórias e seus reflexos, fazendo alusão de valores, supostamente calculados que caberia aos servidores, em torno de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) de diferenças a receber.

O caso de Vilhena ganhou repercussão estadual após a presidente da OAB local, Renilda Oliveira, rebater “Poeta” durante a reunião.

Ainda, na peça, Caetano informa que “Poeta” estaria aplicando o mesmo “modus operandi” desde 2017, e que voltou agora com os mesmos argumentos e a mesma prática.

Na representação enviada ao Conselho de Ética da OAB de Rondônia, Caetano pede a instauração de Processo Disciplinar e a aplicação da sanção correspondente à infração cometida aos advogados do escritório da Paraíba e que o Ministério Público Federal determine abertura de Procedimento Administrativo com vistas apurar crimes contra União, tais como estelionato e falsidade ideológica.

A reportagem do Extra de Rondônia tentou manter contato com “Poeta” para ouvir a versão dele, mas sem sucesso. Entretanto, coloca à disposição o espaço para eventuais esclarecimentos do caso.